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FMB notificada pela Inspeção-Geral do Desporto para explicar “despejo” da selecção masculina de basquetebol

Foto: O País

A  Inspecção-Geral do Desporto, estrutura orgânica da Secretaria de Estado do Desporto (SED), notificou a Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) para se explicar sobre a expulsão da selecção sénior masculina da modalidade de um hotel em Bulawayo, Zimbabwe, por falta de pagamento de 13 mil dólares, cerca de 970 mil Meticais, referentes à taxa de participação nas eliminatórias da zona VI para o AfroCan 2023.

Fonte da instituição que tutela o desporto assegurou ao “O País” que, logo que tomou conhecimento de que os jogadores e equipa técnica haviam sido despejados e passado cerca de dez horas na rua, accionou o órgão gestor do basquetebol para produzir um relatório sobre o ocorrido.

É neste sentido que, até esta segunda-feira, a Inspecção-Geral do Desporto aguardava pelo documento solicitado ao organismo dirigido por Roque Sebastião.

O “O País” abordou a direcção da FMB, na pessoa do seu presidente, para se inteirar sobre o que efectivamente esteve por trás da retirada da delegação moçambicana.

Ademais, se correspondia à verdade que a Federação Moçambicana de Basquetebol não cumpriu as suas obrigações para com o Comité Organizador das eliminatórias da zona VI para o “AfroCan”. A política do silêncio vai fazer escola.

Ou seja, o dirigente desportivo disse que a agremiação não se vai pronunciar, até porque – sempre citando o mesmo – o mais importante foi a qualificação do país para o “AfroCan” e “Afrobasket”.

Estranhamente, a mesma Federação Moçambicana de Basquetebol faz questão de convidar os órgãos de comunicação social para cobertura de suas actividades, divulgação de convocatórias e assinaturas de memorandos de parceria com instituições.

Entretanto, quando se trata de prestar esclarecimento sobre questões que mexem com os fazedores da modalidade e colocam em causa o bom nome do país, fecha-se em copas.

Lembre-se que, além dos atletas terem sido “escorraçados” do hotel, os jogos da última jornada da fase de apuramento da zona VI de acesso ao “AfroCan” e “Afrobasket” atrasaram por alegada falta de pagamento de subsídio aos árbitros pela organização, sendo que parte do valor para o efeito devia ser disponibilizado pela delegação moçambicana.

A  Inspecção-Geral do Desporto tem, entre outras, a responsabilidade de velar pelo funcionamento correcto das federações e associações desportivas nacionais.

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