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FIPAG corre contra o tempo para minimizar crise água em Nampula

ARA-Norte mandou diminuir volume de captação de água de 40 mil metros cúbicos/dia para 37 mil metros cúbicos para gerir possível crise. Por seu turno, o FIPAG promete que sistema de água de furos de Namiteca estará operacional, a partir do próximo mês, para evitar cenário pior.

A barragem construída sobre o Rio Monapo, a cerca de 10 km do centro da cidade de Nampula, é o único ponto de captação de água que abastece a urbe, e já conta com mais de 60 anos de existência. O aumento da populacional na chamada “capital do norte” foi exponencial nos últimos anos (mais de 700 mil habitantes), o que coloca pressão sobre o sistema e deixa muita gente sem acesso a água potável.

A Administração Regional de Águas do Norte (ARA-Norte), gestora da albufeira, já começou com o plano de restrições, para evitar o cenário de crise severa verificada no ano passado e princípio deste ano.

“Estamos, neste momento, a com volta de 3.8 milhões de metros cúbicos na albufeira. Este ano temos a sorte de ainda estar a descarregar um fio de água, mas desde 01 de Julho que começamos com restrições paulatinas. O FIPAG está a extrair da albufeira 31 mil metros cúbicos diários para alimentar a população, e vamos controlando a situação até os meses de Outubro e Novembro. Daí iremos baixar um pouco a quantidade para 25 mil metros cúbicos por dia”, avançou Carlitos Omar, director da ARA-Norte.

A barragem em causa tem capacidade de encaixe, com segurança, de 3.7 milhões de metros cúbicos de água. Em situações normais de disponibilidade do recurso, a Estação de Tratamento de Água do FIPG, que se encontra junto à barragem capta e processa por dia 40 mil metros cúbicos de água, e neste momento, existe um défice de 3 mil metros cúbicos.

Para colmatar o défice, está em construção o sistema de reforço através da água dos furos do campo de Namiteca que deverá alimentar a rede pública. A água será distribuída a partir da Estação de Bombagem 5, localizada na montanha Serra da Mesa, no Bairro de Muhala Expansão, passando pela estação elevatória que está em construção em Namiteca. As autoridades esperam que a infra-estrutura esteja operacional até Agosto próximo.

“Estamos em crer, por aquilo que é o decorrer das obras de Namiteca, que teremos a obra entregue em Agosto. Significa que os níveis que formos a diminuir na barragem poderão ser compensados com a entrada da água proveniente de Namiteca que fornecerá 6.600 metros cúbicos por dia. Isso implicará que não tenhamos situações críticas, iguais a que vivemos em finais do ano passado até Março deste ano”, garantiu Mateus Saeze, director do FIPAG-Área Operacional da cidade de Nampula.

Por enquanto, segundo fizeram saber as autoridades, o plano de restrições anunciado não terá muito impacto nos consumidores finais, excepto os que vivem nos bairros com graves problemas de abastecimento de água, isso, por conta da deficiência no sistema de distribuição.

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