Nas meias-finais da noite desta quarta-feira, Nigéria e Costa do Marfim apostam na superioridade e no factor casa para chegarem à final, nos embates diante da África do Sul e da República Democrática do Congo, respectivamente. Mas, os Bafana Bafana e os Leopardos querem contrariar este favoritismo e ter uma palavra a dizer.
Os dois finalistas do Campeonato Africano das Nações (CAN 2023) serão conhecidos esta quarta-feira, depois da disputa dos jogos das meias-finais.
No Estádio da Paz, em Bouaké, a Nigéria, de Victor Osimhen, tentará manter a sua invencibilidade e bom futebol e vencer a África do Sul, que, depois de eliminar Cabo Verde nos quartos-de-final, no desempate por penáltis, acredita que pode ir mais longe.
Em Abidjan, no Estádio Alassane Ouattara, a renascida anfitriã Costa do Marfim aposta no seu alto nível anímico e no factor casa para vencer a República Democrática do Congo (RDC), que se tem mostrado uma formação muito sólida e em fase de crescimento ainda.
A Nigéria parece ser a equipa mais forte ainda em prova, com o melhor futebolista africano do ano, Osimhen, a tentar fazer a dobradinha.
Desde que empatou com a Guiné Equatorial na partida de estreia, 1-1, as Super Águias registaram quatro vitórias consecutivas e não sofreram qualquer golo.
“Se não sofrermos golos, podemos vencer sempre”, disse o técnico José Peseiro após a vitória nos quartos-de-final sobre Angola, em Abidjan, quando Ademola Lookman marcou o golo da vitória (1-0).
Os nigerianos alcançaram, assim, a 15ª meia-final do CAN, um recorde, e pretendem erguer o troféu pela quarta vez, a primeira desde 2013, na África do Sul.
Cinco anos depois de terem perdido ante a Nigéria nos quartos-de-final da prova no Egipto, os Bafana Bafana regressam ao grande palco sob o comando do veterano técnico belga Hugo Broos.
O homem que levou os Camarões ao título de 2017 contra todas as probabilidades já colocou a África do Sul na sua primeira meia-final em 24 anos, embora contra os Tubarões Azuis, o herói tenha sido o guarda-redes Ronwen Williams ao defender quatro penáltis, disse que “o CAN já é um sucesso”, mas acredita que a sua equipa pode ir mais longe.
Recorde-se que os sul-africanos venceram Marrocos, a selecção mais bem classificada do continente, e não sofreram qualquer golo nos últimos quatro jogos.
Na outra meia-final, a Costa do Marfim regressa ao estádio onde sofreu a pior derrota da prova, 0-4 ante a Guiné Equatorial, e que ditou o despedimento do técnico Jean-Louis Gasset.
Naquele momento, parecia que os donos da casa seriam eliminados na fase de grupos, mas graças ao empate entre Moçambique e Gana, conseguido pelos Mambas já no período de desconto, passaram à segunda fase e agora podem chegar à final.
Sob o comando do técnico interino Fae, eliminaram o Senegal, nos penáltis, e o vizinho Mali por 2-1, graças ao golo de Oumar Diakite nos descontos, no final do prolongamento.
“Depois da Guiné Equatorial, estávamos no fundo do poço. Tivemos de esperar e puxar para nos classificarmos, o que aconteceu, e agora não temos medo de nada”, disse o meio-campista Seko Fofana.
A Costa do Marfim não poderá contar com Kossounou e Diakite, suspensos, mas Sebastien Haller deve ser um candidato a titular pela primeira vez neste torneio.
Por seu lado, a RDC venceu o Egipto nos penáltis nos oitavos-de-final e depois recuperou a desvantagem para derrotar a Guiné por 3-1.
Os Leopardos sonham em chegar à final pela primeira vez desde que foram campeões em 1974, na altura como Zaire.
Nigéria vs África do Sul, a partir das 19h00, e Costa do Marfim vs RD Congo, às 22h00, são os jogos das meias-finais, esta quarta-feira.