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Filipe Nyusi diz que Estado “não deve tolerar” abusos como os de Matalana e quer responsabilização

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O Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança orientou hoje o encerramento do 40ª curso básico da Polícia da República de Moçambique (PRM) e elogiou a entrega dos jovens afectos às Forças de Defesa e Segurança no combate a violência armada nos centros e norte do país. Na ocasião, Filipe Nyusi abordou o escândalo sexual reportado na Escola Prática da PRM em Matalana. “O Estado não deve tolerar situações como estas, a lei deve ser cumprida”.

O Chefe de Estado começou por destacar que os jovens das Forças de Defesa e Segurança “dão o seu melhor para a defesa do país”. Recordou ainda que, nos últimos anos, a instabilidade na zona centro e norte, tem tido impacto negativo nos esforços para a paz.

“Apesar disso, estamos firmes no cumprimento do DDR [Desarmamento, Desmobilização e Reintegração] e estamos abertos ao diálogo com todos actores” nacionais, afirmou Filipe Nyusi.

O Presidente República prometeu ainda “responsabilização criminal e moral dos responsáveis dos ataques no centro e norte”, e disse que os moçambicanos não podem conviver com criminosos.

Filipe Nyusi, disse aos jovens que a sua missão é proteger o país e a população. “O uso da força” para determinadas situações “deve ser o último recurso, na atuação destes”.

 

NYUSI PROMETE RESPONSABILIZAÇÃO DOS INSTRUTORES DE MATALANA

O Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança garantiu responsabilização aos responsáveis pelo “escândalo de Matalana”, que envolve 15 candidatas à polícia que engravidaram de seus instrutores durante a formação na Escola Prática da PRM em Matalana, província de Maputo.

Filipe Nyusi disse que está perante um caso sério e garantiu que o mesmo está a ser estudado ao detalhe no Ministério do Interior e no Comando-Geral da PRM.

“O Estado não deve tolerar situações como estas, a lei deve ser cumprida e é igual para todos nós, ninguém está acima da lei”, afirmou o Chefe de Estado.

Para mostrar que o Governo não está alheio ao assunto e a todo o repúdio ensurdecer, desde que o suposto abuso foi despoletado, o Presidente da República, explicou o está a ser feito para o devido esclarecimento.

Nyusi disse que, ao contrário do que tem sido propalado, o Executivo tomou a iniciativa de investigar o problema, antes de ser público, tendo descoberto que das 15 instruendas, uma chegou à Escola Prática da PRM em Matalana já grávida.

“Quatro instruendas contraíram a gravidez na escola e há investigações para ver se foi com instrutores ou colegas. As outras 10 foram parceiros estranhos à comunidades escolar”, afirmou o Chefe de Estado, ajuntando que o período de gestação das gestantes varia de um e seis meses.

As gestantes com três meses de gravidez abriram as fichas pré-natais com o acompanhamento da Escola Prática da PRM em Matalana, disse o Presidente da República.

Num outro desenvolvimento, Nyusi pediu o apoio da família das instruendas e da Escola Prática da PRM em Matalana para esclarecer o caso.

Contudo, o Chefe de Estado reconheceu que o problema que deixou diferentes segmentos da sociedade com os cabelos em pé trás à tona, por um lado, uma questão relacionada com o apuramento dos candidatos para os cursos de Matalana.

Por outro, despoleta igualmente a credibilidade dos testes realizados por via da Polícia para aferir a condição dos instruendos para ingresso na Polícia. Assim, Nyusi condenou a violação das normas disciplinares e apelou à sociedade para criar menos pânico e focar-se na solução do problema.

O Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança lamentou ainda o facto de este não ser apenas um caso de Matalana, mas também um “problema real que afecta toda a sociedade”.

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