Uma filha do antigo Presidente sul-africano Jacob Zuma foi detida, hoje, e compareceu num tribunal acusada de incitamento ao terrorismo e à violência pública.
Em causa estão publicações nas redes sociais antes e durante os tumultos que abalaram o país há quatro anos e causaram mais de 350 mortos.
Duduzile Zuma-Sambudla, que é deputada, foi libertada sob aviso, que é semelhante a uma fiança sem necessidade de depósito de dinheiro, enquanto o seu caso foi transferido para um tribunal superior para continuar em março.
O seu advogado, citado pela Lusa, afirmou que esta fez publicações nas redes sociais sobre os motins de Julho de 2021, mas negou que tenham incitado à violência.
Os motins, desencadeados pelo facto de Jacob Zuma ter sido enviado para a prisão por desrespeito ao tribunal por se recusar a testemunhar num inquérito sobre a corrupção generalizada do Governo durante o período em que foi Presidente, de 2009 a 2018, foram alguns dos piores distúrbios civis a que a África do Sul assistiu desde o fim do sistema de ‘apartheid’ da minoria branca em 1994.
Durante mais de uma semana, multidões enfurecidas envolveram-se em pilhagens generalizadas de lojas e armazéns, fogo posto e destruição de propriedade e mais de 5.000 pessoas foram detidas.