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FIFA suspende Quénia e Zimbabwe por ingerência governativa

Fotos: CAF

A Confederação Internacional de Futebol (FIFA) suspendeu as selecções do Quénia e Zimbabwe por interferências dos seus governos. A informação foi tornada pública pelo organismo que gere o futebol em comunicado, na semana passada.

No referido comunicado, o órgão reitor do futebol escreve que “sem prejuízo das investigações por autoridades nacionais ou outros órgãos jurisdicionais, o Conselho da FIFA decidiu suspender a Federação de Futebol do Quénia e a Federação de Futebol do Zimbabwe com efeito imediato, devido à influência indevida de terceiros”.

Para o caso do Quénia, a suspensão prende-se com o facto do Ministério do Desporto daquele país ter dissolvido a Federação de Futebol (FKF) por suposta apropriação indevida de fundos e nomeou um comité interino em Novembro do ano passado.

No mesmo mês de Novembro do ano passado, o conselho da FA (ZIFA) do Zimbabwe, também foi suspenso pela Comissão do Desporto e Recreação (SRC) nomeada pelo governo do país. As razões para a intervenção do SRC incluem alegado assédio sexual de árbitras por parte do pessoal técnico e alegações de fraude dentro da ZIFA.

Enquanto isso, no final do mês de Novembro, Nick Mwendwa deixou o cargo de presidente da FKF depois de ser acusado de vários crimes de fraude, alegações que o mesmo recusou-se a assumir. O SRC do Zimbabwe recebeu inicialmente um prazo até 3 de Janeiro da FIFA para devolver a liderança da ZIFA ao anterior elenco, facto que não foi atendido, sem , no entanto, trazer prejuízo para a selecção do Zimbabwe, que foi autorizada a disputar a terminada Taça das Nações Africanas, realizada nos Camarões.

Em um comunicado, a Comissão do Desporto e Recreação do Zimbabwe reagiu à proibição questionando o fracasso não apenas da FIFA, mas também da Confederação Africana de Futebol (CAF), em lidar com sérias alegações de irregularidades na administração anterior de ZIFA.

“Parece que a FIFA está restringida pelas disposições de seus próprios estatutos para proteger alguns dos indiscutíveis predadores sexuais, fraudadores e administradores corruptos no comando da administração do futebol no Zimbabwe”, disse a SRC em comunicado.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse que as duas selecções sabem o que fazer para reverter a situação. “Eles sabem o que precisa ser feito para serem readmitidos ou para que suas suspensões sejam levantadas”, disse Infantino.

A suspensão também impede que os clubes de futebol representem os seus respectivos países em competições continentais, como a Liga dos Campeões da CAF e a Copa das Confederações da CAF.

Entretanto, a FIFA ainda não se pronunciou em relação a recente atitude do governo dos Camarões, que através do seu presidente, Paul Biya, ordenou a demissão do seu seleccionador nacional, António da Conceição, que levou os Leões indomáveis ao terceiro lugar do Campeonato Africano das Nações, realizado em seu próprio território.

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