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Ferroviário de Maputo repudia arbitragem no Moçambola

Foto: O País

O Clube Ferroviário de Maputo emitiu uma nota de repúdio contra as arbitragens do Moçambola 2024. Os “locomotivas” de Maputo reclamaram de lances que consideram que prejudicaram a equipa e tiveram influência no resultado dos jogos efectuados.

É a primeira grande reclamação no Moçambola 2024 contra os árbitros de Elite da Comissão nacional de árbitros de futebol. Um lance do ataque do Ferroviário de Maputo diante do Baía de Pemba, no domingo passado, em que apita-se um pretexto fora-de-jogo, é o cerne da nota de repúdio do Ferroviario de Maputo enviado à CNAF.

Num jogo que teve um quarteto de arbitragem composto por Paulo Afito (da Comissão Provincial de Árbitros de Nampula), Nelsa Jeque e Macário Gaveto, como primeiro e segundo assistentes, respectivamente (ambos de Nampula), Chabane Wissu, quarto árbitro (de Cabo Delgado), Hamito Romão (Assessor dos Árbitros) e Saha Saíde (Delegado do Jogo), o primeiro assistente anulou o golo dos “locomotivas” de Maputo alegadamente porque Amâncio Canhemba estava em posição irregular, o que para a turma da capital do país é um lance normal.

O facto é que o avançado do Ferroviário de Maputo sai de uma posição regular para o golo, no entanto não houve a mesma percepção da equipa de arbitragem.

Mas não foi somente o golo anulado que consta da nota de repúdio dos “locomotivas” de Maputo. Estes reclamam o facto de não terem sido autorizados a fazerem as substituições a que tinham direito.

“Um erro gravíssimo de avaliação e de interpretação às leis do jogo, pois impediu a realização da substituição no terceiro momento conforme o previsto no comunicado oficial nr° 07/FMF/D/2024, transcrições sob a lei de jogo, lei 3 substituições”, anota a Nota de Repúdio para esclarecer o acontecido.

“O quarto árbitro e o Delegado do jogo, Chabane Wissu e Saha Saíde fizeram mea-culpa, alegando reconhecer o erro inicial que impediu a realização da substituição”, escreve o Ferroviário de Maputo na nota, denunciando ainda que “o Delegado do jogo apelou ao delegado do Ferroviário de Maputo para não reportar o episódio negativo ocorrido, em defesa da equipa de arbitragem”.

Outro lance que mereceu destaque na Nota de Repúdio é este, do golo sofrido diante do Costa do Sol, jogo que teve o ajuizamento de Celso Alvação, de Inhambane. O Ferroviário de Maputo considera que Ali Abudo entrou em pé em riste para ganhar a bola, antes do remate fatal.
O Ferroviário de Maputo considera que as actuações dos árbitros são para prejudicar a sua equipa e por isso pedem a intervenção de quem de direito para a reposição da verdade desportiva.

“Exigimos uma rápida intervenção de quem de direito e restantes autoridades desportivas afins a este assunto preocupante, para a reposição da verdade desportiva”, escreve o Ferroviário de Maputo e acrescenta que “a atitude duvidosa de alguns juízes supostamente bem qualificados, avaliados e controlados a cada jornada, manchar e descredibilizar toda uma prova nacional e importante para os seus actores, o povo e o Governo, apenas por falta de qualidade propositada no seu desempenho”.

Este é o primeiro caso reclamado por um clube do Moçambola que envolve os árbitros, que este ano foram seleccionados com rigor para fazerem parte do grupo de Elite.

Recorde-se que na primeira jornada, no jogo entre o Costa do Sol e a Black Bulls, houve, tambëm reclamações dos adeptos “canarinhos”, alegadamente porque o terceiro golo dos “touros”, em que a bola vai ao travessão, não terá ultrapassado a linha de golo, o que não teria dado a vitória à equipa visitante.

Uma situação que obrigou a retenção da equipa de arbitragem no espaço do ninho do “canário”, levando a que os mesmos fossem escoltados por mais de 70 membros da força policial e quatro viaturas policiais.

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