Afinal, a inédita qualificação do Ferroviário de Maputo para a Basketball Africa League, BAL, não só prestigiou desporto moçambicano, no geral, e a modalidade da bola ao cesto, em particular.
A presença na elite 12 do basquetebol permitiu aos campeões nacionais um encaixe financeiro de 70 mil dólares norte-americanos, o que equivalente a 4.3 milhões ao câmbio do dia do Banco de Moçambique.
Um ganho para um clube que investiu, investe e vai continuar a investir para honrar a bandeira de Moçambique além-fronteiras. De resto, a direcção do Ferroviário de Maputo investiu na contratação de Alvaro Manso, jogador espanhol que desde 2017 tem representado esta agremiação na Liga Moçambicana de Basquetebol, e Helton Ubisse, emprestado pelo homónimo da Beira.
Mais: na contratação, no início de Dezembro corrente, das atletas Sara Ogoke e Pauline Akonga, que reforçaram a equipa sénior feminina na fase final da Taça dos Clubes Campeões Africanos, competição que decorreu no Cairo, Egipto.
“Este retorno é bom. Não foi fácil fazer esta campanha no Cairo e Kigali. Foi um esforço gigantesco que fizemos para conseguir mobilizar aquilo que era necessário para custear as despesas. É um alívio para o clube Ferroviário de Maputo”, disse Teodimiro Ângelo, presidente do clube.
A fase regular da Liga Africana de Basquetebol arranca a 20 de Março, devendo-se prolongar até 10 de Maio, contando com duas conferências de seis formações cada. Esta grelha de jogos irá exigir um maior engajamento da direcção do Ferroviário de Maputo.
O apoio da massa associativa será determinante, tal como o foi na fase de apuramento e na conquista também da Taça dos Campeões em femininos, determinante para o sucesso da equipa.
“De imediato, temos que continuar com o trabalho que vínhamos fazendo. Portanto, é o maior compromisso que o clube tem neste momento”, assegurou.
O dirigente disse ainda que serão criadas todas as condições para que o clube tenha uma boa prestação da Basketball Africa League. “Nós vamos assegurar os reforços. Temos noção de que precisamos reforçar a equipa. Mas temos estado a debater a questão dos reforços, uma vez que defendemos jogadores nacionais”, observou.
O vencedor da Liga Africana de Basquetebol terá como prémio 150 mil dólares, enquanto o segundo e terceiro classificados terão direito a 75 e 50 mil. O quarto classificado encaixa 25 mil dólares.