O Ferroviário de Lichinga protesta contra a Associação Desportiva de Vilankulo. Em causa está o facto de o jogo entre as duas equipas, domingo, 20 de Agosto, ter sido realizado no Estádio Municipal de Vilankulo, recinto interditado pelo Departamento de Licenciamento de Clubes da Federação Moçambicana de Futebol por não reunir condições para a realização dos jogos do Moçambola.
O Departamento de Licenciamento de Clubes da Federação Moçambicana de Futebol efectuou, no dia 12 de Julho, uma vistoria ao Campo Municipal de Vilankulo, tendo constatado que o recinto não reúne condições para continuar a acolher jogos do Moçambola.
Segundo uma carta a que o “O País” teve acesso, enviada no dia 26 de Julho ao secretário-geral da Associação Desportiva de Vilankulo, com o conhecimento da Liga Moçambicana de Futebol e da Associação Provincial de Futebol de Inhambane, o clube deveria indicar um campo alternativo e aprovado pela FMF.
Da vistoria feita, o Departamento de Licenciamento de Clubes deixou recomendações, com destaque para o melhoramento da relva, conclusão da construção do muro, substituição dos bancos de suplentes e reabilitação dos sanitários.
Ainda assim, Liga Moçambicana de Futebol, entidade gestora do Moçambola, marcou um jogo para aquele recinto, passando por cima da decisão da Federação Moçambicana de Futebol.
Para esta partida, a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol nomeou Saimone Lucas (árbitro principal), Lázaro Gomachedza (1.°assistente), Fernando Tauzene (2.° assistente) e Eugênio Nhatave (4.° árbitro) que, entretanto, não se fizeram ao campo.
À hora do jogo, e apercebendo-se da ausência do quarteto de arbitragem, a Liga Moçambicana de Futebol recorreu a árbitros que se encontravam nas bancadas.
O Ferroviário de Lichinga não gostou da situação e, no final do encontro, assinou o protesto na folha do jogo. O Conselho de Disciplina da Liga Moçambicana de Futebol tem uma palavra a dizer agora.
A interdição do campo só poderá ser levantada após a inspecção, a ser efectuada assim que o clube concluir a correcção das anomalias.
A Associação Desportiva de Vilankulo acabou goleando o Ferroviário de Lichinga por 4-2.
OS FACTOS APRESENTADOS
Em carta dirigida ao Conselho de Disciplina da Federação Moçambicana de Futebol, o Ferroviário de Lichinga apresenta os seus argumentos e, no final, exorta ao órgão para que, “com o devido sentido de justiça e disciplina com que sempre pautou nas suas decisões, reponha a verdade desportiva, cumprimento e fazendo religiosamente as correspondentes consequências previstas no Regulamento de Competições, bem assim no Regulamento Disciplinar do Moçambola, para este tipo de violações de normas, tal como se apresentam nos fundamentos do protesto”.