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Ferroviário da Beira: seis “maquinistas” para puxar a locomotiva ao título

O Ferroviário da Beira abriu, esta segunda-feira, as suas “oficinas”, tendo em vista o Moçambola 2023, prova na qual pretende conquistar o título. Os “locomotivas” do Chiveve contam com seis reforços, dos quais três estrangeiros.

Novas perspectivas. O Ferroviário da Beira exibiu-se esta segunda-feira para a sua massa associativa, apresentando a equipa que vai disputar a edição 2023 do Moçambola, competição na qual nos últimos anos não tem tido prestações animadoras.

Para fazer face à época, a direcção dos “locomotivas” do Chiveve foi ao mercado buscar um treinador português, que vai substituir o zambiano Wedson Nyirenda, técnico que bateu com a porta por não ter conseguido cumprir o desiderato do clube.

Ao técnico português, Filipe Moreira, junta-se Artur Faria, que assume o papel de director-desportivo, função que desempenhara num passado recente no Costa do Sol. Como uma das primeiras medidas, Faria fez uma “limpeza” no plantel do ano passado, na tentativa de trazer novos activos ao clube.

O Ferroviário da Beira foi ao mercado estrangeiro buscar três reforços. Trata-se de Cephas Doku, avançado ganês de 24 anos de idade, que é visto como a nova esperança para o ataque “locomotiva”. Doku teve uma passagem por equipas do seu país, como é o caso das formações de Dordoi Bishkek, Legon Cities FC e Berekum Chelsea.

O jogador ganês é descrito como um atacante possante e com uma veia goleadora invejável. No rol das contratações, os “locomotivas” do Chiveve foram buscar, também, um médio, de nome Patrick Sibomana, de nacionalidade ruandesa. Ainda no mercado ganês, a direcção liderada por Valdemar de Oliveira trouxe ao emblema “locomotiva” o médio Elvis Sakyi, jogador de 26 anos de idade, com passagens no Sangurali, ND Primorje Hapoel Afula e Larnaka GB, ambos do seu país.

Elvis Sakyi é um futebolista ganês que actua como meio-campista. Sakyi formou-se na Kumasi Anglican High School, onde jogou no time da escola antes de se juntar ao Cheetah FC, time de nível inferior do Gana.

De 26 anos de idade, à semelhança do Doku, ele também teve passagens por equipas do seu país, com destaque para Police FC, Mukura Victory, tendo ainda vestido as cores do Young Africans, clube da primeira divisão tanzaniana. Internamente, o Ferroviário da Beira reforçou-se com três jogadores.

A turma “locomotiva” piscou o olho para o avançado Estêvão Novela, jogador que na época passada defendeu as cores da Liga Desportiva de Maputo, não tendo conseguido ajudar a equipa a escapar da despromoção. Ainda no mercado interno, o Ferroviário da Beira foi buscar o defesa Manucho, que na época passada representou a Associação Black Bulls, clube no qual não conseguiu vincar. Manucho não constituía aposta do técnico português Inácio Soares.

O emblema representante da província de Sofala na fina-flor do futebol moçambicano apostou, igualmente, nos serviços do experiente guarda-redes Germano Nhacume, que no Moçambola do ano passado defendeu as balizas da Associação Desportiva de Vilankulo, equipa com a qual foi até às meias-finais da Taça de Moçambique, curiosamente caindo aos pés da sua nova equipa, Ferroviário da Beira.

Natural da província de Gaza e produto das escolas de formação do Ferroviário de Gaza, Germano é um guarda-redes com muita tarimba, tendo chegado à primeira divisão pela porta do Ferroviário de Maputo, em 2013.

O guardião já vestiu as camisolas do Ferroviário de Nampula, onde teve o condão de ser o guarda-redes menos batido, amealhando 100 mil Meticais da Liga Moçambicana de Futebol (LMF). Vestiu ainda a camisola do Ferroviário de Nacala, onde deixou a sua marca.

META É VENCER O TÍTULO

A direcção do Ferroviário da Beira definiu como prioridade para esta temporada a conquista do Moçambola, título que foge desde 2016, último ano em que o clube “locomotiva” levantou o canecão nacional.

Na edição passada do Moçambola, os “locomotivas” do Chiveve quedaram-se na quinta posição, terminando a prova com 29 pontos. O Ferroviário da Beira ainda teve a oportunidade de salvar a época com a Taça de Moçambique, o que não foi possível, tendo em conta que perdeu na final, por uma bola sem resposta, diante do seu homónimo de Maputo, golo marcado pelo defesa central, Jeitoso.

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