Os transportadores de passageiros ameaçam paralisar as actividades se o preço do combustível voltar a subir. Para evitar a situação, a Federação Moçambicana das Associações dos Transportes Rodoviários (Fematro) entende que o Governo deve subsidiar o sector.
Na quinta-feira, a Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas voltou a queixar-se da insustentabilidade do negócio e avisou que as gasolineiras podem suspender o fornecimento do combustível.
Por sua vez, a Federação Moçambicana das Associações dos Transportes Rodoviários, que há muito reclama de altos custos para continuar a transportar os cidadãos, ouviu as empresas petrolíferas e, também, considerou que só o Executivo pode evitar a paralisação da actividade. “Se voltar a subir o preço do combustível e o Estado não puder ajudar, o sector de transporte vai ter que parar”, Afirmou.
Falando no programa Noite Informativa da STV, o porta-voz da Fematro, Alexandre Gove, disse que a população deve se preparar para enfrentar dias difíceis. “O que nós devemos dizer é que a preparação deve ser em como fazer para andar se de facto não podermos ter a resposta”.
Alexandre Gove sustentou a posição da sua agremiação com alguns cálculos. “Nós em 2017 tivemos um aumento do preço do transporte no valor de quatro meticais, mas nem dois meses ficamos o preço do combustível também aumentou, e nesse aumento perdemos automaticamente sete meticais do preço anterior. Este ano o aumento do transporte foi de três meticais e dos combustíveis nove, e perdemos automaticamente seis meticais.
A reclamação da Fematro tem igualmente a ver com o custo de acessórios para os transportes.