Comandante-Geral da PRM diz que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) abateram, recentemente, um dos líderes dos terroristas em Niassa. Bernardino Rafael falava este domingo, em Ressano Garcia, no âmbito do lançamento da operação conjunta para a quadra festiva 2021-2022.
A província de Cabo Delgado ainda não está totalmente livre das acções violentas dos terroristas. E porque estes estão a ser fortemente combatidos pelas FDS, forças conjuntas da SADC e do Ruanda fugiram e já estão na vizinha província de Niassa, onde já fizeram vítimas e destruíram casas dos populares.
Bernardino Rafael aponta que os primeiros sinais de insurgência em Niassa foram registados no distrito de Mavago, onde houve confrontos entre os terroristas e as FDS. A situação alastrou-se até ao distrito de Mecula. Para além de destruições de casas, houve ferimentos a agentes da Polícia.
“A seguir, a nossa patrulha, que chamamos de ‘Reconhecimento Combativo’, entrou numa emboscada onde os colegas combateram e, neste combate, foi atingido um dos terroristas que era procurado, chamado Cassimo. As pessoas de Niassa conhecem-no, era muçulmana em Mecula e, a partir da morte deste terrorista, tiramos a conclusão de que se trata de terroristas que atravessaram de Cabo Delgado para Mecula”, concluiu o comandante-geral da PRM.
Este domingo, o comandante-geral da PRM orientou o lançamento da operação conjunta designada “Asanti sana”, palavra que provém de Swahili, que significa, em português “obrigado”.
Na ocasião, Bernardino Rafael mostrou-se agastado com a actuação dos seus colegas na estrada, tendo dito que os agentes da Polícia não devem mandar parar carros de mineiros em nenhum ponto.
“Deixem os mineiros irem para casa, depois de tanto tempo não podem ser castigados pelas autoridades do país dele. Não gostaríamos de ouvir que a Autoridade Tributária ou Alfândegas parquearam carros, porque têm défice disto e daquele documento, não”, ordenou.
Quanto aos postos de fiscalização nas estradas do país, Rafael diz que devem ser eliminados os postos não oficiais e os agentes não devem usar carros particulares para fiscalizar.
O comandante-geral instruiu a Polícia, a nível nacional, a devolver até à próxima quarta-feira documentos e carros parqueados sem motivo nos vários postos de controlo.