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Faltam incubadoras e botijas de oxigénio no berçário do Hospital Distrital da Manhiça

O Hospital Distrital da Manhiça tem apenas duas incubadoras das oito de que precisa para atender aos recém-nascidos prematuros. A situação obriga a que os bebés sejam transferidos para o Hospital Central de Maputo, o que aumenta o número de mortes prematuras.

Há cerca de três anos, o berçário do Hospital Distrital da Manhiça, na Província Maputo, funciona com duas incubadoras e duas botijas de oxigénio para atender a uma média de 1000 recém-nascidos, com problemas de saúde, por ano.

O equipamento é insuficiente para responder à demanda, segundo fez saber a direcção da unidade sanitária.

“Neste momento, só temos duas incubadoras a funcionar e com alguma deficiência. Não temos capacidade de fazer manutenção deste equipamento e o que acontece é que geralmente param de funcionar e perdemos a capacidade de dar o melhor atendimento aos recém-nascidos”, disse António Sitoe, médico de clínica geral.

O Hospital Distrital da Manhiça é a única unidade sanitária do distrito da Manhiça com capacidade para internamento de recém-nascidos. Com a falta destes equipamentos, o trabalho não tem sido fácil, segundo Sitoe, pois “numa situação em que não temos capacidade para manter os doentes, podemos transferi-los, mas há sempre um risco de óbito, pois, no caso dos recém-nascidos, os primeiros cinco minutos são cruciais”.

São alguns destes problemas que se esperam ver minimizados com o apoio da comunidade internacional, com o intermédio do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça.

“Um dos desafios mais urgentes é de material de trabalho. Precisamos de ambulâncias, equipamentos para os hospitais, entre outros. Posteriormente, saberemos que colaboração com a comunidade internacional poderá dar no desenvolvimento do centro e do distrito”, explicou Leonardo Simão, presidente da Fundação Manhiça.

A informação foi partilhada, esta terça-feira, durante uma visita efectuada pelos embaixadores dos Estados Unidos, Bélgica, Canadá, França e Reino Unido àquela unidade sanitária.

Na visita, os embaixadores inteiraram-se do funcionamento do sistema de vigilância geográfica e demográfica do distrito, que permite realizar pesquisas e controlar os eventos vitais no distrito.

Os governos dos cinco países pretendem reforçar a cooperação com os de Moçambique e da Espanha no desenvolvimento de pesquisas em saúde pública.

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