A falta de apoios continua a limitar a ajuda alimentar humanitária aos deslocados em Cabo Delgado, refere o mais recente sumário da Rede de Alerta Antecipado de Fome.
“Devido à falta de recursos, o Programa Alimentar Mundial (PMA) continua a fornecer rações semestrais equivalentes a 39% da energia diária de cada pessoa, havendo uma possibilidade de serem retomadas ajudas a 100% no mês de janeiro”, refere a organização, citada pelo Notícias ao Minuto.
A actualização consultada hoje pela Lusa aponta para 935.000 deslocados e famílias anfitriãs em Cabo Delgado, Niassa e Nampula a necessitar de ajuda alimentar humanitária pelo menos até Março de 2022.
Ainda de acordo com a fonte, a maioria dos deslocados internos ainda não consegue produzir a sua própria comida e depende da ajuda humanitária e do apoio das comunidades anfitriãs para obter alimentos.
Recentemente, foi lançada a campanha agrícola 2021/2022, com uma previsão de aumento da produção de gado e culturas entre 4% a 29% em comparação com o ano anterior, devido a uma previsão de chuvas sazonais favoráveis e investimentos governamentais como o programa Sustenta.