O volume das exportações moçambicanas caiu em 13,8% no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo. Concretamente, as vendas no exterior rondaram 1.1 mil milhões de dólares.
Dados provisórios sobre o comércio externo indicam que no segundo trimestre de 2019, o défice da balança comercial de bens em Moçambique fixou-se em cerca de 782,9 milhões de dólares americanos, ou seja, o país vendeu menos e comprou mais no exterior, no período em análise.
As exportações diminuíram em 13,8% e as importações aumentaram em 8%, quando comparadas às do trimestre homólogo de 2018, indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a conjuntura económica, a que “O País” teve acesso.
Concretamente, no segundo trimestre de 2019, as exportações rondaram em cerca de 1.1 mil milhões de dólares norte-americanos, enquanto às importações absorveram perto de USD 1.6 mil milhões.
Dos principais produtos exportados no trimestre em referência, o destaque vai para o carvão mineral (Hulha) com 31,6%, barras e perfis de alumínio com 22,5% e a energia eléctrica com 9,3%.
Já nas importações, destaca-se as maquinarias, cereais e automóveis, cujos pesos sobre as vendas totais no exterior estimaram-se em 19,5%, 6,9% e 5,3%, respectivamente, indica o INE.
O grupo dos principais países que se evidenciaram nas relações comerciais com Moçambique no segundo trimestre de 2019, como destino das exportações foram: África do Sul (17,5%), Índia (16,8%), Países Baixos (9,7%) e China (8,3%).
Com estes países, os produtos transaccionados foram energia eléctrica, gás de petróleo, carvão mineral, briquetes, alumínio bruto, minérios de titânio e combustíveis sólidos.
Relativamente às importações, entre os fornecedores para Moçambique tiveram maior relevo (também) a África do Sul com um peso de 26%, os Emiratos Árabes Unidos (11,9%), a China (11,5%) e a Índia (6,8%), tendo como produtos transaccionados com maior expressão a energia eléctrica, os automóveis, os óleos de petróleo, os medicamentos, as barras de ferro, as bombas, os tubos e perfis ocos, as bicicletas e os gipsites.
ACTIVIDADE ECONÓMICA
Do comércio externo de bens, o relatório de conjuntura económica avalia igualmente outros indicadores da economia (comércio interno).
A título ilustrativo, o fluxo de hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros em Moçambique aumentou ligeiramente em 1,4% no segundo trimestre deste ano, face ao índice registado nos primeiros três meses.
Em contrapartida, e durante o mesmo período, as dormidas (noites em hotéis) registaram um ligeiro decréscimo na ordem de 1,2%, relativamente ao período homólogo e face ao trimestre passado cresceu em cerca de 4,4%.
E mais, o volume de negócios do sector de restauração decresceu no segundo trimestre deste ano, em termos homólogos de 2018 e anterior em cerca de 6,7% e 1,5%, respectivamente. O volume de negócios do comércio cresceu face ao trimestre homólogo de 2018 em cerca de 17,2% e relativamente ao anterior decresceu em cerca de 19%.
CIMENTO NACIONAL EM ALTA
Com o Produto Interno Bruto (PIB) do país a crescer 2,3% no segundo trimestre de 2019, o negócio de cimento nacional esteve em alta.
O volume de cimento nacional vendido teve um incremento de 7,8%, face ao período homólogo de 2018 e relativamente ao trimestre anterior (Janeiro a Março de 2019), a venda também aumentou em cerca de 56,2%.
Com o negócio em alta, o nível de importação do cimento diminuiu tanto para o trimestre homólogo de 2018, assim como para o anterior em cerca de 49,2% e 32,9%, respectivamente.
Em sentido, inverso, segundo o INE, o nível de carvão vendido reduziu entre Abril e Junho deste ano, em termos homólogo (2º trimestre de 2018) e primeiros três meses do ano de 2019, em cerca de 9,3% e 0,7%, respectivamente.
O volume de alumínio vendido também reduziu tanto para o trimestre homólogo de 2018 e primeiros três meses do corrente ano, em cerca de 1,8% e 2,6%, respectivamente.