Com a confirmação em 2017 de mais de 4.4 biliões de toneladas de areias pesadas no distrito de Jangamo e Inharrime, diversas entidades manifestaram interesse para explorar o minério.
O Ministério dos Recursos Minerais recebeu 3 pedidos de licenciamento numa área total de 417 km2, tendo a de Jangamo 118.08 quilómetros quadrados, a de Dongane/Ravene 161.26 quilómetros quadrados e a de Chilubane 137.98 quilómetros quadrados e parte destas áreas chegavam até ao mar.
As autoridades esclarecem que decorre neste momento, um processo de redimensionamento dessas áreas.
O inspector-geral do Ministério dos Recursos Minerais e Energias Obete Luis, explicou ao “O Pais” que as areias pesadas ocorrem normalmente no litoral, dos projectos submetidos a aquela instituição, em parte deles, as coordenadas foram dar até ao mar, mas que para salvaguardar a zona costeira, as autoridades estão no momento a fazer o redimensionamento das áreas colocando uma zona de protecção costeira de cerca de 600 metros.
Obete assegurou que em circunstância alguma, a exploração de areias pesadas vai acontecer na costa.
O Ministério Público diz que está atento ao processo e garante que não vai permitir a violação de leis ambientais para o exercício da actividade.
Nazimo Mussa, Procurador-Chefe em Inhambane, disse que desde logo a procuradoria solicitou informações sobre essas concessões mineiras, para averiguar se tal estariam a violar a lei “existem sim concessões mineiras, mas essas não vão afectar a costa, em todo caso nós vamos continuar a acompanhar o processo e se for necessária a nossa intervenção, vamos agir” acrescentou o magistrado.
O processo de pesquisa de areias pesadas em Jangamo e Inharrime começou há 13 anos, tendo já sido instalada no distrito de Jangamo, uma unidade piloto que vai permitir o processamento de mais de 20 toneladas de amostras de areias pesadas para avaliação do concentrado nele contido