O Governo da Etiópia e os rebeldes da região norte do Tigray acordaram, esta quinta-feira, em Nairobi, a retirada do país das tropas eritreias.
“O acordo assinado pelas duas partes estabelece a retirada de todas as forças estrangeiras. Portanto, e sem mencionar nomes, todas essas forças estrangeiras deixarão a região de Tigray”, disse o ex-presidente queniano Uhuru Kenyatta, citado pela DW. O governante participou nas conversas como mediador.
Durante mais de dois dias, representantes de Tigray e do Governo central etíope reuniram-se na capital queniana para chegar a este último acordo.
Através de um comunicado, a União Afircana felicitou a ambas as partes “pelas medidas positivas de construção de confiança” e encorajou-as “a continuar os seus esforços para restaurar a paz, segurança e estabilidade na Etiópia”.
Fontes diplomáticas disseram à agência EFE que a organização pan-africana já montou uma equipa para monitorizar e verificar o cumprimento do acordo, formada por especialistas militares do Quénia, África do Sul e Nigéria, escreve a DW.
A guerra começou em 4 de Novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, ordenou uma repressão da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) em resposta a um ataque a uma base militar federal e após uma escalada de tensões políticas.