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Estrada Marracuene–Macaneta não será entregue este mês

Foto: O País

Ao contrário do que tinha sido prometido, a estrada de 12 quilómetros, que liga a vila-sede do distrito de Marracuene à localidade de Macaneta, na província de Maputo, não será entregue este mês, devido ao atraso na conclusão das obras.

Uma placa está patente no lado esquerdo e indica que a construção da estrada Marracuene–Macaneta começou a 28 de Abril de 2021 e terminaria na mesma data do ano 2022, num orçamento de 431 milhões, 175 mil e 330 Meticais.

Até 28 de Abril deste ano, a obra não foi concluída, o que levou à extensão do prazo para 30 de Julho corrente. A seis dias do fim deste prazo, no terreno, ainda há muito trabalho por fazer, por isso os prazos vão, novamente, falhar.

Os moradores de Marracuene, incluindo automobilistas, manifestam preocupação com os atrasos na realização da empreitada.

Francisco Coana entende que as obras não estão num ritmo satisfatório: “Essa demora também prejudica um bocado; de Abril para cá, já se passaram três meses depois do prazo inicialmente previsto e, agora, não sei o que está a falhar”.

Outros automobilistas culpam o empreiteiro da obra pelo atraso da obra: “Por mim, o atraso da obra prende-se com o facto de este empreiteiro não ter prática para este tipo de trabalhos e tem havido falta de pavês”.

Um dos étnicos envolvidos na construção daquela estrada, que falou na condição de anonimato, disse à reportagem do jornal “O País” que o pavê, que está a ser usado em determinados troços, não tem a qualidade desejada, havendo casos em que se monta pavê e, depois, remove-se.

O transporte vai  continuar  a escassear enquanto a estrada não for concluída. Neste momento, os moradores de Macaneta recorrem a carros de caixa aberta para viagens.

Mas não apenas a estrada que liga a vila-sede do distrito de Marracuene à localidade de Macaneta que está atrasada. A construção da portagem de Macaneta também não está a ser célere. As obras deviam ser entregues em Dezembro deste ano, porém, até agora, o que é possível ver no terreno são apenas pilares.

O jornal “O País” contactou, telefonicamente, à Rede Viária de Moçambique (REVIMO), que é concessionária da obra, para compreender o que pode estar por trás da demora na conclusão daquela empreitada, mas a área de assessoria de imprensa da instituição pediu que aguardássemos.

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