O mais belo fim do mundo é o título da exposição de fotografia e literatura de José Eduardo Agualusa. No Camões – Centro Cultural Português, Cidade de Maputo, a mostra será inaugurada no próximo dia 1 de Dezembro, a partir das 18h30.
Referindo-se à individual, esta quinta-feira, José Eduardo Agualusa explicou como surgiu a ideia de expor um exercício que tem na Ilha de Moçambique (Nampula) base importante. Na verdade, antes da exposição, houve um livro, intitulado Gramática do instante e do infinito, com imagens da Ilha de Moçambique e poemas do escritor angolano lá escritos. Com efeito, a ideia de editar Gramática do instante e do infinito não foi de Agualusa, mas de uma designer brasileira, Lucia Bertazzo, que também é a curadora da exposição O mais belo fim do mundo.
Essencialmente, segundo lembrou José Eduardo Agualusa, Gramática do instante e do infinito é um livro-arte, feito à mão, em que cada um é único e todos são diferentes. Por isso são caros. Então, “Lucia Bertazzo teve a ideia de fazermos uma exposição com estas fotos e aí eu decidi juntar também uma série de retratos de escritores, sobretudo africanos, que eu fui fazendo ao longo dos anos. Eu acho que alguns desses retratos são bons”.
Segundo revelou José Eduardo Agualusa, os melhores retratos da série que compõe a individual O mais belo fim do mundo são os que foram feitos a Mia Couto e a Uzodinma Iweala, escritor nigeriano. Portanto, além das imagens da Ilha de Moçambique, a exposição de Agualusa inclui retratos.
Para o Camões – Centro Cultural Português, a exposição O mais belo fim do mundo “é uma celebração da amizade construída através do amor à língua portuguesa. A língua viaja pelo mundo e com ela também o amor à palavra, tão presente na plasticidade da língua portuguesa, em todos os continentes”.
O texto de apresentação de O mais belo fim do mundo é assinado por Mia Couto, que observa: “Diz-se que uma imagem vale mil palavras. O inverso também é verdade: uma palavra pode dizer mais do que mil imagens. Neste caso, não sei se vejo, se escuto”.
A individual do escritor angolano que vive na Ilha dos Poetas, claro, a Ilha de Moçambique, pode ser visitada no Camões até dia 12 de Fevereiro de 2022, de segunda a sábado, das 10h às 17h. Uma nota: de 18 de Dezembro de 2021 a 15 de Janeiro de 2022, o Camões estará encerrado.