Numa ronda efectuada pelo “O País”, em algumas escolas públicas e privadas da capital moçambicana, constatou-se que as medidas de prevenção e combate ao novo Coronavírus estão a ser seguidas ao pé da letra. Entretanto, o uso de máscaras não é observado em outros estabelecimentos de ensino.
Na Escola Primária Completa Unidade 13, no bairro de Chamanculo “C”, por exemplo, os alunos medem a temperatura do corpo e lavam as mãos antes de serem orientados para as salas de aula. Além de demarcações no pátio, para direccionar aos alunos, os professores, o pessoal administrativo e outros utentes, há dois portões, um para o momento da entrada e outro para o de saída.
Por cada sala de aulas são permitidos 20 alunos separados por 1,5 metro. E os alunos estão conscientes da importância de cumprir as medidas de prevenção e combate à COVID-19.
A Escola Primária Completa Unidade 13 acolhe também alunos da Escola Secundária de Lhanguene, uma vez que está em reabilitação.
Patrícia Carlos, uma das alunas interpeladas pelo “O País”, disse que as medidas contra a COVID-19, adoptadas pelo estabelecimento de ensino que frequenta, escola são “eficazes para conter o vírus”. Mas “é difícil conviver neste novo normal”.
A directora da escola, Ecineta Come, enaltece o envolvimento da comunidade à volta na disseminação da informação sobre o novo Coronavírus e o perigo de ignorar as recomendações da Saúde.
“Temos à volta da nossa escola vários cartazes com informações sobre a COVID-19. Os alunos também quando saem disseminam informações relacionadas com esta pandemia. Nós damos a nossa contribuição. Afinal, este é um problema de todos e todos temos que nos engajar na sua prevenção” e combate.
Na Escola Secundária Unidade 2, no bairro Nsalene, alguns alunos encontravam-se fora do recinto escolar, sem máscaras e não respeitavam o distanciamento físico imposto pelas autoridades, no momento que “O País” visitou o estabelecimento. Quando se aperceberam da presença da nossa reportagem fugiram em debandada.
Na Escola Secundária Zedequias Manganhela, no bairro 25 de Junho, nada indicava haver violação das normas de prevenção da COVID-19. O mesmo cenário verificava-se nos estabelecimentos de ensino particular, onde alguns dirigentes não permitiram colher depoimentos dos instruendos nem falar sobre decurso do seu trabalho.