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EPC 11 de Novembro degradada desde a passagem do ciclone Idai

Pais e encarregados de educação amotinaram-se na Escola Primária 11 de Novembro, na cidade da Beira, para exigir melhorias das condições. As aulas decorrem ao relento desde 2019, aquando da passagem do ciclone Idai.

Desde 2019, altura em que o ciclone Idai sacudiu a cidade da Beira, que os alunos da Escola Primária 11 de Novembro estudam em condições precárias.

A escola foi destruída por ventos fortes, o que desde então coloca os alunos expostos a intempéries. Sempre que chove não há aulas.

“Aqui nós costumámos sentar-nos no chão, não temos carteiras e, quando chove, molhamos, por isso temos que voltar para casa”, relatou um estudante daquela unidade de ensino.

Por causa da falta de salas de aula, a alternativa é a sombra das árvores e os pais e encarregados de educação disseram que já estão agastados.

“Esta escola não está em condições, as casas de banho estão péssimas… nem limpeza fazem. Estamos a sofrer, pedimos ajuda do Governo, principalmente agora que estamos na época chuvosa e as nossas crianças ficam vulneráveis à cólera e a outras doenças”, apelou Admira Samuel, encarregada de educação.

Apesar de várias promessas de reabilitação pelas autoridades locais, nada acontece e a degradação acentua-se a cada dia que passa.

As dificuldades de ensino-aprendizagem, devido às condições de degradação da escola, são também partilhadas pelos professores.

“Está muito difícil. Estamos nesta situação há mais de quatro anos desde a passagem do ciclone Idai. Tínhamos tendas e sacos, mas rasgaram-se e leccionamos ao relento, com as crianças sentadas no chão ”, lamentou Joaquina Muloi, professora.

No local, a nossa equipa de reportagem procurou ouvir o director da escola, mas o mesmo não se faz à instituição há uma semana, de acordo com os professores.

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