A Eni e os seus parceiros CNPC, ENH, Kogas e XRG tomaram a decisão final de investimento para desenvolver o projecto Coral Norte FLNG, em águas ultraprofundas ao largo de Cabo Delgado, a norte de Moçambique. A assinatura ocorreu hoje, em Maputo, na presença do Presidente da República, Daniel Chapo, e do CEO da Eni, Claudio Descalzi.
O projecto colocará em produção os volumes de gás da parte norte do reservatório Coral da Área 4, na bacia de Rovuma, através de uma plataforma flutuante de GNL de última geração. O projecto será implementado pelo consórcio formado pela Eni (50%), CNPC (20%), Kogas (10%), ENH (10%) e pela XRG (10%).
“O projecto Coral Norte aproveita as habilidades incomparáveis da Eni em pesquisa, as nossas capacidades de desenvolvimento rápido, os vastos recursos de gás de Moçambique e a sua posição estratégica. Com o Coral Norte, contribuiremos para suprir a crescente demanda mundial por GNL, duplicando tanto a contribuição de Moçambique para a segurança energética global quanto os benefícios para o país e os seus cidadãos em termos de crescimento económico e industrial”, disse o CEO da Eni, Claudio Descalzi.
Coral Norte é o segundo empreendimento da Eni em Moçambique e a segunda FLNG de grande escala implementada em águas ultraprofundas em todo o mundo, sendo Coral South o primeiro. Aproveitando a experiência adquirida com Coral South, que está em fase de produção desde 2022, Coral Norte oferecerá vantagens em termos de cronograma, custos, optimização de desempenho e minimização de riscos de execução, com o objectivo de implementar o projecto dentro do prazo em 2028.
Com uma capacidade de produção de liquefação de cerca de 3,6 Milhões de Toneladas por Ano (MTPA), a instalação Coral Noreh FLNG – juntamente com a sua antecessora Coral Sul FLNG, elevará a produção total de GNL de Moçambique para cerca de 7 MTPA, tornando o país o terceiro maior produtor de GNL em África e reforçando ainda mais o seu papel no cenário energético global.
Espera-se que o projecto impulsione a economia moçambicana, bem como a competitividade das indústrias locais, criando mais empregos e oportunidades para as empresas nacionais, ampliando significativamente os impactos já gerados pelo Coral South e os investimentos em projectos de desenvolvimento local.
A Eni está presente em Moçambique desde 2006. Entre 2011 e 2014, a empresa descobriu vastos recursos de gás natural na Bacia de Rovuma, nos reservatórios Coral, Mamba Complex e Agulha, com cerca de 2,400 mil milhões de metros cúbicos de gás no local. Coral South é o primeiro projecto a produzir gás da Bacia de Rovuma. A Eni também contribui para melhorar a diversificação económica do país, o acesso à educação, saúde e água através da implementação de um plano de sustentabilidade abrangente.
A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), um consórcio detido pela Eni, ExxonMobil e China National Petroleum Corporation (CNPC), que detém 70% de participação no Contrato de Concessão e Produção da Área 4. Além da MRV, os outros parceiros são a Galp, a KOGAS e a ENH, cada uma com uma participação de 10%.