O País – A verdade como notícia

“Encerramento de unidades sanitárias de Cabo Delgado põe em risco a vida de milhares de cidadãos” OCS

O encerramento de 37 unidades sanitárias vai agravar ainda mais a situação de saúde de milhares de cidadãos nos distritos afectados pelo terrorismo em Cabo Delgado, quem assim defende é o Observatório do Cidadão para saúde (OCS), uma organização Não Governamental (ONG).

Nos últimos três anos os distritos do norte de Cabo Delgado tem sido afectados pelos ataques terroristas, um dos resultados foi o encerramento de 37 unidades sanitárias das 130 existentes na província.

Segundo confirmaram as autoridades de saúde, há semanas, parte da população de Mocímboa da Praia, Quissanga, Macomia, Meluco e outros distritos, considerados inseguros, por conta dos ataques não tem acesso aos cuidados básicos de saúde.

“Num país como Moçambique com graves problemas de acesso a saúde, o encerramento de 37 unidades sanitárias agrava a situação de milhares de habitantes, por isso é importante que o Governo tome medidas para travar o conflito e impedir que não haja progresso em relação a expansão dos serviços de saúde”, lê-se no relatório da ONG, Observatório do Cidadão para Saúde.
O relatório destaca que os ataques já forçaram a fuga de 250.000 pessoas e as mesmas estão sem cuidados de saúde o que viola os direitos fundamentais dos seres humanos.

“Se por um lado, um grupo de cidadãos perde a vida por não ter conseguido escapar dos ataques perpetrados pelos rebeldes, por outro, aqueles que sobrevivem correm o risco de perder a vida por falta de acesso ao sistema de saúde”.

Segundo a ONG esta situação é ainda mais agravante por Cabo Delgado ser a província que regista mais casos de transmissão do coronavírus, depois de Nampula.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos