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Encarregados de educação ressentem-se da falta de livro escolar 

Pais e encarregados de educação dizem que a demora na distribuição do livro escolar, da 1ª, 2ª e 3ª classes está a prejudicar o aproveitamento pedagógico dos seus educandos. Falam de dias difíceis e pedem que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano resolva o problema.  

É assim que Joana Cossa, mãe do aluno da primeira classe Daviz Cossa, caracteriza o dia-a-dia do seu educando como difícil. 

É que, diferentemente do que se viu nos anos anteriores, neste ano lectivo está a correr já no seu segundo trimestre sem a habitual distribuição do livro gratuito. Cossa sequer entende as razões da falta do manual. 

“Na escola dizem que irão receber, só que já tiveram férias, retomaram as aulas, mas nem água vem nem vai.”

Facto curioso é que, por não dispor do livro, a escola frequentada por Daviz, no bairro de Maxaquene, optou por recorrer aos livros-rascunhos, cujas páginas foram quase todas preenchidas pelos alunos e corrigidas nos anos passados. 

Algo que para Joana, só veio complicar ainda mais o processo de ensino e aprendizagem do seu filho. 

“Quando a criança volta da escola mostra tudo o que aprendeu e faço questão de mandar fazer cópias para aprimorar”. 

Porque está difícil, a maior parte do dia é passada num canto da sua casa, onde de forma redobrada a mãe de Daviz ensina o seu filho a escrever e desenhar. 

Diferentemente de Daviz, a neta de David Sitoe até recebeu o caderno de actividades, mas foi recolhido em menos de dois dias.

“Nas escolas não há livros, mas no início do ano lectivo ela trouxe dois, um de portugues e outro de matemática mas depois recolheram se calhar apenas para que o professor faça uso dos mesmos”, explicou-se.

Porque toda a matéria deve ser copiada no quadro, estando apenas na primeira classe, David Sitoe teme pelo baixo aproveitamento da sua neta, por isso também, tornou-se explicador da sua neta.  

As deficiências no sistema nacional de educação preocupam os pais e encarregados, que temem pelo futuro dos seus educandos. 

“O ensino actual está comprometido, este ano principalmente está totalmente comprometido”, lamentou Gil Pinto, outro encarregado de educação. . 

É o ensino que está comprometido, é a educação de toda uma geração que é feita em adaptações e assim fica comprometido um direito das crianças.

O Ministério da Educação garante que até a primeira semana do mês de Julho.

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