As Pequenas e Médias Empresas têm frequentemente se queixado de falta de acesso ao financiamnto. Para mudar o cenário, a CTA agendou nos temas da XV Conferência Anual do Sector Privado os ‘Mecanismos de Facilitação de Financiamento ao Sector Privado’, visando encontrar formas alternativas de financiamento.
Yussuf Daya, do AFRIXIMBANK, disse acreditar na contribuicão positiva do sector privado para o desenvolvimento de Moçambique e falou dos financiamentos da sua instituição para o comércio e desenvolvimento de África. Mas porque todo investimento tem riscos, a Directora de Projectos para Agricultura, Educação e Sectores Financeiros da AFD, Olívia Falanga, falou da necessidade de se partilhar os riscos para garantia de financiamento ao sector privado.
Já o vice-presidente da Política Financeira da CTA, Oldemiro Belchior, disse ser necessária uma actuacão firme com vista a buscar solucões para alavancar o sector empresarial e flexibilizar o financiamento através de linhas de crédito bonificado.
Por outro lado, sugeriu a diversificação de fonts de investimento, partilha de riscos com instotuições bancárias e criação de fundo de garantia financeira ao sector privado, para promover o acesso ao financiamento bancário.
Para a classe empresarial, o fundo de garantia financeira poderia destinar-se aos sectores-chave para o desenvolvimento como a Agricultura, Indústra, Energia, Contrução, Comécio e Transporte. E as instituições que forem submeter o financiamento deveriam apresentar requisites como a ausência de irreguaridades fiscais, apresentar planos de negócios e contabilidade credíveis, entre outros importantes que permitam que se analisem os riscos.
Também defendeu a capacitação das PME para poderem submeter candidaturas credíveis no pedido de financiamento.
Defendeu igualmente a existência de uma garantia múltipla, que seria um capital social detido por empresas privadas, bancos comercais, associações empresariaos e o Estado.
Já Tomas Matola, do BNI, falou dos financiamntos existentes na sua instituição, para Pequenas e Médias Empresas. Matola falou de incubadores de negócio, que visam permitir que produtores se tornem formais e reúnam requisitos para aceder ao financiamento. Abordou a questão da capacitação, tendo sugerido criação de programas de literacia financeira para os gestores das PME, para que tenham capacidade de avaliar outras alternativas de financiamento.