Os empregados bancários reclamam condições condignas de trabalho para o exercício das suas actividades.
Reclamação foi apresentada, este sábado, à margem da sessão Ordinária do Conselho Nacional do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários.
As reclamações foram apresentadas pelos representantes do sindicado a nível das províncias. Das queixas, destaque vai para o excesso da carga horária de trabalho, que os bancários entendem como sendo um atropelo à lei de trabalho.
A nível da província de Inhambane, por exemplo, o secretário provincial do sindicato, Crimildo Raúl, aponta para as violações no que diz respeito a falta de pagamento das horas extras.
“As reclamações mais comuns são o excesso da carga horária sem pagamento de horas extras, falta de alguns meios adequados para o trabalho”, enumerou o secretário do sindicato a nível da província de Inhambane e assegurou que é uma situação que já está sendo acautelada nas reuniões que a organização tem mantido com os seus membros com vista a debater soluções para estes problemas.
Crimildo Raúl vai mais longe ao afirmar que tem situações mais preocupantes em que existem empregados bancários que trabalham em compartimentos fechados e pequenos sem acesso ao ar condicionado o que confere maior desconforto para o trabalhador.
Por isso, segundo o secretário do sindicado a nível da província de Inhambane, tem-se apelado aos trabalhadores para que cumpram sempre com os procedimentos e normas estabelecidos na lei do trabalho.
O mesmo cenário se vive na província da Zambézia. Quem o diz é o secretário do sindicato a nível daquela província, Alberto Mata. Segundo ele, “neste momento estamos a lutar contra o patronato no que diz respeito ao horário de trabalho porque o horário de banca não é brincadeira.
Entra-se de manhã e não tem hora para sair. Há bancos que ainda estão a atropelar as normas de funcionamento como manda a lei de trabalho. Nós sabemos que os bancos têm as suas políticas internas, mas horário é horário e tem que ser cumprido”.
Diante destas dificuldades, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Moçambique, Ramiro Simbe, disse que a organização está ciente dessas infracções da lei de trabalho por parte dos empregadores, mas “já estamos a fazer um trabalho junto ao patronato pra vermos o que faremos para ultrapassar essa questão e que o trabalhador bancário se sinta confortável e acolhido e até se beneficie daquilo que são benefícios sociais. A nossa grande luta agora é, de facto o patronato para que possa criar condições para a satisfação do trabalhador”, garantiu o secretário-geral do sindicato, acrescentando que quando os bancos apresentam lucros elevados é graças a esse mesmo trabalhador daí que, “nós como sindicato somos defensores dos trabalhadores, aproximamos ao patronato que é para juntos vermos soluções para acharmos um meio-termo para a satisfação deste trabalhador que é produtor”.
O encontro vai servir, igualmente, para a apresentação do plano de actividades e orçamento para 2018.