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Embaixador da Venezuela nega fraude e diz que o país é  exemplo de democracia

Foto: O País

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela confirmou, recentemente, a vitória do Presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de Julho. A decisão continua a ser contestada pela oposição e pela comunidade internacional, que denunciam fraude no processo.

Em entrevista no programa Observatório Internacional da STV Notícias, Modesto Espinoza, embaixador da Venezuela em Moçambique, desmentiu as acusações de fraude e acusou os Estados Unidos de querer se apoderar das reservas de petróleo do país a todo custo.

“Essa afirmação é mentirosa, é falsa e está carregada de propaganda política. Não houve fraude. A fraude foi cantada muito antes da eleição, como digo agora a todos que nos veem e nos escutam. Esta fraude foi cantada muito antes, foi anunciada. Se há um propósito fundamental nisso tudo é que se querem apoderar do recurso natural da Venezuela. Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo, reserva comprovada, isso quer dizer que há mais petróleo. Os Estados Unidos querem essa reserva e querem-na à força”, garantiu.

Modesto Espinoza diz também que as manifestações, que fizeram vários mortos, eram parte de um plano de golpe de estado que “estava encabeçada pelo senhor candidato Edmundo González Urrutia e a senhora Maria Corina Machado. Eles eram o autores fundamentais deste golpe de estado e, para eles, para este plano, tinham previsto cantar fraude, inclusive muito antes do processo eleitoral, cantaram fraude, já insinuavam, declaravam que haveria fraude”, afirmou.

O diplomata pôs “a mão no fogo” e garantiu que o seu país é um exemplo de democracia “Não somente para a América Latina. Venezuela é um exemplo para o mundo, porque tem um sistema eleitoral que não existe no mundo: uma pessoa, um voto. Anteriormente, antes da revolução, uma pessoa poderia emitir até 10 votos, 15 votos e dizia que a acta e que o voto era marcado na acta”, esclareceu.

Modesto Espinoza deixou claro que a Venezuela está cada vez mais independente da comunidade internacional, pelo que o endurecimento das sanções pelos Estados Unidos não terão o impacto desejado.

O embaixador disse que países como Moçambique devem aprender com a democracia venezuelana, mas não com os actos de violência que, no seu entender, prejudicam a paz.

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