A Cruz Vermelha de Moçambique recebeu, esta terça-feira, mais de sete toneladas em produtos alimentares, higiénicos e vestuário da Embaixada da Rússia, doados para assistência humanitária às vítimas do terrorismo em Cabo Delgado.
Os produtos são avaliados em mais de um milhão de meticais e são compostos por massa, arroz, farinha de milho, óleo de cozinha, sabão e mais de 100 quilogramas de roupa para crianças que, a cada dia, chegam à cidade de Pemba sozinhas ou com os seus encarregados, fugindo da insurgência que assola alguns pontos da província de Cabo Delgado.
Uma vez que chegam sem quase nada, precisam de um pouco de tudo e, por isso, a Cruz Vermelha de Moçambique decidiu “bater portas” à procura de apoio para os deslocados.
“A nossa intenção é colher o máximo possível de bens, particularmente roupa e produtos não perecíveis que possam garantir-nos responder às necessidades dessas pessoas”, disse Avelino Mondlane, presidente da Cruz Vermelha de Moçambique.
Segundo a fonte, é difícil definir, em termos quantitativos, as reais necessidades dessas populações, pois a cada dia chegam mais pessoas e, assim, aumentam as necessidades.
“Temos, também, assistido as vítimas no processo de chegada via marítima, como também na questão do abrigo. Mesmo na semana passada, recebemos dois navios cargueiros da União Europeia com mantimentos.”
O nível de apoio tem sido lento, mas aos poucos vai chegando, como garante Mondlane.
Feito o pedido, a resposta chegou, esta terça-feira, da empresa Tazetta através da Embaixada da Rússia, em Moçambique.
O embaixador Alexandre Surikov referiu que “este gesto mostra que as empresas russas também estão preocupadas com a situação em Moçambique e prometemos continuar com iniciativas do género”.
Esta não é a primeira vez em que a empesa russa apoia Moçambique, como explica o presidente do Conselho de Administração da Tazetta, Evgeny Volosov.
“No âmbito da nossa responsabilidade social, já investimos nas áreas de Saúde e Educação. Foi reabilitado um bloco operatório no Hospital Distrital de Pebane, foi construído, de raiz, um depósito de medicamentos no mesmo hospital e já reabilitámos muitas escolas nos distritos de Pebane e Mocubela”, sublinhou Volosov.