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Extraparlamentares dizem que manifestações põem a democracia em risco 

A plataforma dos partidos políticos extraparlamentares convida a Renamo, MDM, PODEMOS e a todos os partidos concorrentes nas eleições gerais de 09 de outubro para privilegiar o diálogo e não as manifestações, porque, no seu entender, minam a democracia, a paz e a unidade nacional. Também, os extraparlamentares repudiam os resultados eleitorais por entenderem que não refletem a verdade. A

Nem todas as mesas de voto abriram a tempo e hora na zambézia. O facto tem a ver com o atraso na colocação do material eleitoral em alguns postos, motivado pela desistência dos membros da Mesa de votação. 

Segundo um técnico do STAE que falou à Tv Sucesso, na província de Zambézia, não se sabe o motivo que pesou para a desistência dos referidos MMVs, entretanto, há um trabalho urgente que está a ser feito para a correção do problema.

“Neste momento, precisamos fazer um reparo nas listas e constatar o número real dos MMVs desistentes, para serem substituídos pelos respectivos suplentes, até este momento, não se sabe as reais motivações de desistências deste grupo de jovens”, disse a fonte.

Questionado se as desistências estariam relacionadas com problemas de pagamentos, o representante do Secretariado Técnico de Eleições, rebateu: “em nenhum momento os formandos receberam valores antes do término do processo, essas motivações são individuais e não entendo com que tendência”.

Outro facto que manchou o arranque do processo de votação na Zambézia está ligado à troca de listas em algumas assembleias de votação. Por exemplo, as listas que deviam estar na Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras, no bairro Chuabo Dembe, foram alocadas ao posto de Inhangoma. 

Sobre este assunto, o Secretariado Técnico de Eleições local reconhece o erro e promete que será reposta a normalidade.      

A abertura tardia de algumas assembleias de votos em alguns pontos do país como é o caso da Cidade de Maputo deve-se a problemas logísticos, diz Dom Carlos Matsinhe, Presidente da CNE.

Dom Carlos Matsinhe votou esta manhã na Escola secundária da polana, disse que o processo arrancou em todo país. Questionado sobre os postos de votação ou seja as assembleias de voto que até às 9 horas não estavam a funcionar, Dom Carlos Matsinhe respondeu nos seguintes termos. ” Devem ser problemas de carácter logísticos que pontualmente estão a ser resolvidos”.

Depois da votação, diz o presidente da CNE que todos eleitores devem aguardar pelos resultados em suas residências e não nas assembleias de voto.

Em alguns locais onde foram montadas Mesas de Assembleia de Voto, em Maputo e Inhambane, por exemplo, o processo de votação é tido como lento e moroso, segundo contam os eleitores presentes nos locais. 

Muitos eleitores fizeram-se  mais cedo aos postos de votação, mas lamentam que o processo esteja a ser lento, até porque consideram haver alguma desorganização.

Em Inhambane, por exemplo, em algumas mesas, os eleitores reclamaram da morosidade no processo, devido à forma como os membros das mesas têm estado a dar explicações. O facto é que os MMV’s têm dividido os eleitores em duas filas, priorizando os mais velhos, que precisam de mais atenção para explicações em relação ao processo.

De acordo com um eleitor na Escola Primária 3º Congresso, em Inhambane, os MMV’s deviam intercalar as filas dos eleitores, para permitir que o processo decorra de forma rápida. Até porque, naquela província, há eleitores que disseram pretender votar, para depois ir aos seus postos de trabalhos.

Na cidade de Maputo também há situações de morosidade em algumas mesas de votação, onde os eleitores apelam para um processo rápido. Nesta cidade, os cidadãos que afluíram às urnas de votação consideram que a morosidade é derivada da forma como os MMV’s estão a liderar o processo.

Em alguns postos da cidade de Maputo há relatos de que ainda não foi iniciado o processo, com os membros das Mesas de Voto à espera de orientações para poderem abrir as urnas. Ainda assim, há perspectiva de arranque rápido em todas as mesas.

Já na província de Sofala, os eleitores consideram que o processo está a decorrer de forma normal, ou seja, não de forma rápida e nem lenta.

Entretanto, em quase todas províncias os eleitores consideram que apesar das enchentes e da morosidade não vão abandonar o lugar sem terem exercido seu direito de voto

O candidato presidencial pelo Movimento Democratico de Moçambique (MDM) denunciou, esta quarta-feira, a violação da Lei Eleitoral, ao não se permitir a participação dos seus delegados nas assembleias de voto. Lutero Simango falava na Cidade de Maputo, após ter exercido o seu direito de voto.

O que devia ser um motivo de alegria tornou-se num motivo de lamentações para Lutero Simango, que diz estar insatisfeito com a forma como está a ser conduzido o processo eleitoral.

Simango denuncia a interdição dos seus delegados nas assembleias de voto, o que pode ser um prenúncio de fraude. Diante deste cenário, Simango diz que vai reagir negativamente, caso não seja permitido o envolvimento dos seus mandatários.

“Se não cumprirmos com a lei, a nossa reacção será completamente negativa, pois o que nós queremos é que este processo ocorra de forma transparente e justa. A recusa da presença dos elementos do MDM e a recusa da entrega das credenciais aos nossos delegados só cheira a fraude”, disse Lutero.

O candidato acrescentou ainda “que nas próximas horas eu, pessoalmente, vou deslocar-me a todas as mesas na cidade de Maputo para ter a certeza de que estão lá os meus elementos”.

Apesar das denúncias por si apresentadas, Simango apelou aos moçambicanos para exercerem o seu dever cívico
Ademais, o candidato a Presidente da República pediu aos observadores internacionais para darem atenção a tudo o que estava a acontecer.

“Sei que estão presentes os observadores internacionais, aos quais só peço que vejam o que está a acontecer em Moçambique. Não é essa a democracia que nós queremos, não é esse o processo de votação que nós queremos O que queremos é que este processo ocorra de forma ordeira, democrática e transparente”, apelou.

Daniel Chapo chegou trinta minutos depois das sete horas à Escola Básica do Terceiro Congresso, em Inhambane, local onde se inscreveu e recebeu as instruções dos membros das assembleias de voto.

Após exercer o seu direito de voto, acompanhado pela esposa, Chapo pediu aos moçambicanos para aderirem em massa às mesas de voto.

“Agradeço a toda população moçambicana por esta oportunidade que temos hoje, que é de ser eleito e eleger. Saudamos, igualmente, a todos por este ambiente ordeiro e pacífico, verificado desde o início da campanha eleitoral”, disse Chapo nas suas primeiras impressões.

Ademais, o candidato presidencial pelo partido Frelimo apela para não permanência nas assembleias de voto após a votação, sob risco de perturbar a ordem. Chapo disse que o país tem experiência suficiente para fazer face ao evento eleitoral.

“Que seja assim do Rovuma ao Maputo e em todos os lugares ao nível da diáspora, que o processo continue ocorrendo com tranquilidade para que possamos dizer, posteriormente, que o processo foi justo e transparente”, apelou Chapo.

Daniel Chapo é o único candidato presidencial nas presentes eleições que votou fora da capital do país, diferentemente de Lutero Simango e Ossufo Momade, que exerceram o seu direito cívico na escola Josina Machel, na capital do país, enquanto Venâncio Mondlane votou na assembleia de voto da EPC 25 de Setembro.

O presidente da Renamo e candidato presidencial também votou nas primeiras horas do dia, mesmo antes das 8 horas, acompanhado pela sua esposa, e mostrou-se satisfeito por ter exercido o seu direito.

Na ocasião, Momade agradeceu a presença de todos os que acompanharam a sua votação e aproveitou para deixar alguns apelos, com destaque para a presença massiva dos eleitores. “Aproveitar para dizer aos eleitores que foram inscritos e que têm o seu cartão de eleitor para que possam exercer o seu direito de voto”, disse.

Fez também um apelo aos agentes da Polícia da República de Moçambique, “para que cumpram a lei de estarem a 300 metros”. Ossufo Momade disse, ainda, que “não gostaríamos de ver alguns dirigentes de alguns partidos a levarem listas para a assembleia de voto, porque cada eleitor conhece o caminho e sua assembleia de voto”.

O candidato presidencial da Renamo assume o desejo de eleições livres, justas e transparentes, tendo apelado para que “seja respeitada a decisão dos moçambicanos”.

A uma questão sobre uma primeira avaliação a fazer destas eleições, Ossufo Momade disse ser prematuro dizer algo, até porque as urnas se abriram às 7 horas e o candidato da Renamo votou antes das 8 horas. Por isso, para Momade, “vamos esperar para avaliar a partir das 21 horas de hoje até amanhã, e só depois podemos nos pronunciar”.

Ossufo Momade candidata-se pela segunda vez ao cargo de Presidente da República de Moçambique.

A província de Sofala também está preparada para o arranque do processo de votação e muitos são os eleitores que já se encontram nos locais onde foram montadas as Mesas das Assembleias de Voto para exercerem seu direito cívico.

Alguns cidadãos ouvidos pelo “O País” apelam aos eleitores para que não provoquem agitação depois de exercerem o seu direito ao voto. “Apelo para que, depois de votarmos, possamos voltar para casa para acompanhar os resultados pela televisão”, disse um dos entrevistados.

Outro deles falou da importância de exercer o direito de voto, realçando que todos se deviam dirigir as urnas para votar.

Muitos são os que chegaram cedo para formarem filas e serem os primeiros a exercerem o seu direito cívico.

Mesma situação foi verificada na província de Cabo Delgado, onde muitos jovens já se fazem aos locais de votação. Os eleitores dizem que chegaram cedo às mesas de votação devido a motivação que tem em votar e cumprir o seu direito de escolher o próximo Presidente da República, os deputados da Assembleia da República e os Membros das Assembleias Provinciais.

Os membros das mesas de votação garantem que todo processo está acautelado para que decorra sem sobressaltos.

Recorde-se que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) garantiu que todos os distritos de Cabo Delgado receberam material para que as eleições decorram sem sobressaltos.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou à tranquilidade durante o período pós-votação, recordando que o processo é como um jogo de futebol, em que o vencedor só é declarado no fim. Nyusi destaca, ainda, a boa organização dos órgãos eleitorais.

Foi aquando do exercício do seu direito cívico democrático que o Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou para que os cidadãos moçambicanos mantenham a calma no período após as eleições gerais que vão indicar o novo Presidente da República, os deputados da Assembleia da República e os membros das assembleias provinciais, de onde sairão os governadores provinciais.

Para o Chefe do Estado moçambicano, “o jogo tem 90 minutos”. Por isso mesmo, depois do apito é que se sabe qual é o resultado. “Evitarmos anunciar resultados antes do tempo, quando se está a jogar 15 minutos, 20 minutos, ou no intervalo, proclamar vencedor uma equipa”, disse Filipe Nyusi, pouco depois de votar, nas eleições gerais, às 07h05, na Escola Secundária Josina Machel, a maior do Centro de Maputo.

Filipe Nyusi recordou, ainda, que os resultados só são definitivos após o apito final do árbitro. “Vocês conhecem equipas que viram o resultado à última da hora, então, por isso mesmo, temos de estar todos concentrados e não no sentido de perturbar o processo”, apelou o Chefe do Estado moçambicano.

“Ontem (terça-feira) fizemos uma exortação à nação, onde pedimos que todos os moçambicanos aderissem ao processo. Continuamos a apelar para que todos continuemos serenos, calmos para festejarmos, que os nossos amigos observadores se sintam realizados por terem assistido a um processo limpo, transparente”, disse Nyusi, pedindo que os órgãos eleitorais continuem a fazer o seu trabalho com rigor, apesar da pressão que enfrentam.

Filipe Nyusi, que foi o primeiro cidadão a exercer o seu direito cívico em todo o país, fez-se acompanhar pela sua esposa, Isaura Nyusi, e juntos fizeram as suas escolhas.

O Chefe do Estado apreciou a forma como o processo eleitoral estava a ser conduzido, tendo destacado o empenho dos órgãos eleitorais para garantir que o decurso dos trabalhos acontecesse a bom ritmo.

Nyusi apelou a todos os órgãos eleitorais para que continuem com o seu trabalho.

A Comissão Provincial de Eleições (CPE) de Tete garante que estão criadas as condições para a votação a decorrer esta quarta-feira, à escala nacional.

A garantia foi dada pelo presidente da CPE nesta região, Ussumane Cassamo, durante uma conferência de imprensa, na qual estiveram, também, presentes observadores da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Segundo Cassamo, desde segunda-feira, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) está a alocar os “kits” contendo material de votação.

“Os membros de mesas de voto (MMV) estão a ser distribuídos. Podemos dizer que tudo está a postos. As condições estão criadas”, assegurou.

Disse, ainda, que a CPE estão preparados para monitorizar o processo de votação 703 observadores nacionais, 83 jornalistas e 120 paramédicos, estes que estarão atentos a situações de emergência.

Para além dos observadores mencionados, estão, também, observadores internacionais credenciados a nível central pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), entre os quais do Alto Comissariado da Grã-Bretanha, da Commonwealth, da SADC e do Instituto Internacional Republicano.

A província de Tete inscreveu um total de 1 556 938 eleitores, que serão atendidos por 18 683 MMV, distribuídos em 1137 postos de votação.

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