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Extraparlamentares dizem que manifestações põem a democracia em risco 

A plataforma dos partidos políticos extraparlamentares convida a Renamo, MDM, PODEMOS e a todos os partidos concorrentes nas eleições gerais de 09 de outubro para privilegiar o diálogo e não as manifestações, porque, no seu entender, minam a democracia, a paz e a unidade nacional. Também, os extraparlamentares repudiam os resultados eleitorais por entenderem que não refletem a verdade. A

Daniel Chapo iniciou o encerramento da sua campanha eleitoral em Nacala-porto com uma mega marcha que terminou com um grande comício popular.

Durante o comício disse que escolheu Nacala-Porto para o penúltimo comício porque foi ali onde começou a trabalhar para o Estado, foi onde aprendeu a registar crianças, fazer cédulas, realizar casamentos entre outros actos. E por isso tinha que voltar para agradecer porque no seu entender se não tivesse o aprendizado que teve em Nacala se calhar hoje não seria candidato.

Depois falou das suas promessas eleitorais, quer acabar com a burocracia, com a corrupção e criar oportunidades para que jovens e mulheres empreendedores tenham acesso ao financiamento para fazer crescer os seus negócios e criarem empregos.

Quer resolver os problemas dos funcionários públicos como optimizar a Tabela Salarial Única, os actos administrativos, promoções, mudanças de carreira entre outros que se encontram neste momento suspensos. Reclama ser o único candidato que melhor conhece as dificuldades dos funcionários porque ele próprio é funcionário do Estado e geriu-os desde o distrito, a província e agora tem a possibilidade de fazer essa gestão ao nível central.

Assim promete sentar com todos os funcionários e discutir com eles as suas preocupações e resolver aos poucos esses problemas. Mas por outro lado quer que os funcionários retribuam com a melhoria do atendimento ao público. Citou exemplo de cobranças nas maternidades às parturientes que tem que acabar.

Prometeu em Nacala-Porto construir uma escola secundária de raiz, bem como condições para que haja formação técnico-profissional dos jovens. 

Disse ainda que a sua candidatura é de mudança, é de renovação porque é o único jovem dentro dos quatro candidatos, é uma candidatura do programa “Moçambique para frente”, e de esperança de melhores condições de vida. Compromete-se a ser um Presidente de todos os moçambicanos independentemente da sua situação. E vai criar oportunidades para todos os moçambicanos, mesmo aqueles que não fazem parte da sua formação política. 

Antes de ir a Nacala-Porto, Daniel Chapo participou da reinauguração da sede provincial da Frelimo protagonizada pelo presidente da Frelimo, Filipe Nyusi que na ocasião descreveu Daniel Chapo como uma pessoa íntegra, honesta, trabalhadora, humilde e preparada para liderar os destinos de todos os moçambicanos.

O candidato presidencial do Movimento Democrático (MDM) já tinha lançado o desafio de frente com os candidatos presidenciais e, hoje, durante o encerramento da sua campanha eleitoral voltou a dizer que está preparado para um frente a frente com Daniel Chapo, Venâncio Mondlane e Ossufo Momade.

Foi, hoje, o fim da campanha de Lutero Simango, que durante 43 dias viajou por todo o país, onde visitou inúmeros distritos e povoações, se apresentando como o melhor candidato e com o melhor projecto de governação para os cerca de 32 milhões de moçambicanos no próximo quinquénio.

Por ter sido o primeiro candidato a encerrar o périplo pelo país, Lutero Simango quis ser igualmente o primeiro a encerrar as atividades de campanha e fê-lo em festa.

Falando diante de dezenas de pessoas voltou a reiterar que a sua governação vai tratar de igual modo a todos os moçambicanos.

Simango disse que vai criar um tribunal de contas para julgar os corruptos no seu governo. “Todo aquele que roubar vai ser julgado e condenado. vai se criar o tribunal de contas para julgar aqueles que lesarem o estado”.
Por fim, voltou a insistir frente a frente com os outros candidatos presidenciais.

Os jovens precisam de um fundo para ter o acesso fácil à habitação, pois não é “tarefa fácil” ter uma casa. A ideia será posta em prática pelo candidato presidencial da Renamo, Ossufo Momade, caso vença as eleições que serão realizadas dentro dos próximos 4 dias.

Restam apenas 4 dias para a realização das eleições gerais e 1 para o fim da campanha eleitoral, entretanto, o candidato presidencial da Renamo continua a fazer promessas para que seja eleito presidente. No “mercado Dhlakama”, na cidade de Xai-Xai, onde Momade fez comício este sábado, disse ter uma solução para reduzir as dificuldades que os jovens têm para conseguir uma casa.

“Sabemos que muitos jovens, recém formados e recém casados precisam de habitação e nós temos no nosso programa facilitar e promover o acesso à habitação aos jovens. Sabemos que isso não é fácil e é por isso que temos no nosso projecto a criação de um fundo para garantir o acesso à habitação aos jovens”, disse.

O mercado que era no passado se caracterizou como hostil para a oposição, desta vez mostrou-se tolerante e inclusive aplaudiu as propostas lançadas no manifesto de Ossufo Momade, que também defendeu que os serviços de saúde devem ser melhorados nao so em Xai-Xai mas para todos os moçambicanos.

“Os médicos e enfermeiros andam desmotivados porque não têm salários dignos, nós queremos mudar isso. Queremos melhorar os hospitais, onde não vão faltar medicamentos, onde os pacientes vão ter camas e não faltará medicamentos.”

Um outro ponto que o candidato refere é a má actuação a má actuação da Polícia, que para ele só vai acabar se a polícia deixar de servir aos partidos e tornar-se exclusivamente republicana.

“Vamos melhorar a atuação da polícia para que seja uma polícia estadual, polícia republicana, polícia virada para servir os interesses do Estado e das populações.”

Na noite deste sábado, Ossufo Momade entrou para a província de Maputo pela Vila da Manhiça, onde foi recebido por milhares de pessoas, entre membros e simpatizantes da Renamo, com destaque para a secretária-geral e o cabeça de lista que concorre ao cargo de governador para a província de Maputo.

A Renamo vai encerrar a campanha eleitoral no bairro T3, na província de Maputo.

A Renamo diz acusa a CNE, o Conselho Constitucional e a Procuradoria-geral da República de estarem a ser coniventes para a prática da fraude eleitoral, visto que nada fazem para impedir o cometimento de ilícitos eleitorais, que têm vindo a acontecer desde o início da campanha eleitoral. 

É mais uma queixa da Renamo, quando faltam poucos dias para as eleições. Este sábado, o maior partido da oposição chamou jornalistas para denunciar o que chamou de ilegalidades do partido Frelimo.

“Há recolha de cartões em todo o país, em Manica também o caso está na procuradoria, mas estranhamente a procuradoria diz que não tem nenhuma irregularidade, cada um recolhe cartão do seu membro. As pessoas nem sequer olham para aquilo que as nossas leis eleitorais dizem, mas só falam aquilo que é a vontade política”, disse Glória Salvador, mandatária da Renamo.  

A Renamo chamou também atenção para os casos de policiais seleccionados para serem membros das mesas de voto, como também formadores que já estão nas listas para serem MMV´s.

“Há tentativas de excluírem os MMVs dos partidos, como devem saber, tem duas categorias, os de concurso público e aqueles que vêm dos partidos políticos, nem todos partidos, pela lei os partidos que fazem parte da Assembleia da República tem direito de colocar um membro de mesa de voto. A Frelimo, como sempre fez, está a tentar afastar esses e colocar os da confiança da Frelimo”, acrescentou. 

Segundo a Renamo, esses ilícitos acontecem perante o olhar impávido das autoridades que nada fazem.

“O CC já concordou, já conformou com o posicionamento da CNE, o Ministério Público dificilmente irá tomar decisões contrárias, estamos a falar de um sistema … Aquilo que o STAE desenha, a CNE colabora e o CC chancela e o Ministério Público fecha os olhos”, denunciou a mandatária. 

A mandatária da Renamo diz que estes órgãos até podem tomar alguma decisão, mas só para beneficiar a Frelimo, por isso, pouco esperam deles.

Venâncio Mondlane pediu votos, ontem, no distrito de Gorongosa, na província de Sofala. No comício por si orientado, o candidato presidencial prometeu construir um instituto médio agrário para formação de jovens.

A caça ao voto continua e o candidato presidencial Venâncio Mondlane “enamorou” os eleitores de Sofala. Venâncio criticou, primeiro, a forma como são geridas as receitas provenientes da exploração do Parque Nacional de Gorongosa.

“A gente vê no whatsapp, veio um actor de cinema americano, asiatico ou inglês visitar o parque nacional de gorongosa, vem deixar milhões no gorongosa… Então, esse parque que está a servir para trazer milhões e não beneficia a população é para quê”, questionou.

O candidato presidencial mencionou ainda o facto de Gorongosa ser rica em ouro, mas ainda assim, mas a população não ter nenhum benefício. “Nossos jovens de Gorongosa, a partir de 2025, vamos dar licenças para eles explorarem o ouro sem ser perseguidos, sem serem maltratados”.

No comício por si orientado, o candidato presidencial prometeu construir um instituto médio agrário para a formação de jovens.

“Não temos armazém, não temos fábricas de processamento, não temos nada, então temos que vender a preço de galinha. Primeira coisa que temos que queremos fazer aqui em Gorongosa, queremos voltar a instalar um instituto médio agrário para formar muitos jovens aqui, terem conhecimento de como pegar naqueles produtos, transformar aqueles produtos, até exportar para fora”.

Venâncio Mondlane insistiu na necessidade de melhorar a pensão dos antigos combatentes.

“Os desmobilizados do tempo da Unimos, até hoje, há muitos que não têm pensão, mais grave ainda alguns desmobilizados do famoso DDR também há muitos que não têm pensão, 1400, 1600, estão a receber esmola, mas combateu quanto tempo, 16 anos”, acrescentou.

Além da vila sede de Gorongosa, Venâncio Mondlane trabalhou nos distritos de Marromeu, Caia e Maringue.

Na recta final da campanha eleitoral, o candidato da Frelimo, Daniel Chapo, intensifica acções de campanha nas quatro províncias com maior número de eleitores, nomeadamente: Nampula, Zambézia, Tete e Maputo-Província. Depois de ter trabalhado em dois distritos da Zambézia, o segundo maior círculo eleitoral, com mais de 2.8 milhões de eleitores, na quinta-feira, este sábado, Daniel Chapo trabalha na cidade de Moatize, em Tete, a quarta província com maior número de eleitores inscritos.

Depois de trabalhar em Moatize, ainda este Sábado, o candidato da Frelimo vai trabalhar, pela segunda vez nesta campanha, na cidade de Nampula, devendo manter-se naquela província até a manhã de domingo, onde vai fazer a primeira parte do encerramento da campanha eleitoral em Nacala-Porto.

Chapo falou das realizações feitas nos últimos cincos anos em Moatize e em Tete no geral, destacando a reconstrução da ponte sobre o rio Revúbue destruída pelas inundações. 

Disse saber que uma das grandes preocupações da população de Moatize é a poluição causada pelas mineradoras de carvão e vai resolver esse problema. Quer que as receitas de exploração de minerais retornem a Tete, para investir em mais escolas, hospitais, água potável, estradas, medicamentos nos hospitais, energia eléctrica e, sobretudo, desenvolver Tete.

Esse modelo vai ser feito para todas as províncias que têm recursos. O candidato presidencial da Frelimo promete continuar a trabalhar para que as empresas façam três coisas principais para as comunidades que estão à volta das minas de carvão: trabalhem para melhorar as condições de vida para a população através de construção de casas melhoradas, energia eléctrica, água potável, escolas, jardins para crianças, etc. 

Por outro lado, vai trabalhar para que as Pequenas e Médias Empresas de moçambicanos prestem serviços às multinacionais, porque, segundo Chapo , não faz sentido que limpar escritórios, fornecer água, fornecer pão e outras actividades relacionadas sejam feitas por empresas estrangeiras. Tem que passar a ser empresas moçambicanas a fazer esse trabalho, como forma de desenvolver o sector privado moçambicano. 

Em terceiro lugar, Daniel Chapo quer que as mineradoras paguem impostos como deve ser, pois só assim o Estado vai ter dinheiro para desenvolver Moatize e a província de Tete. Promete sentar e discutir com as empresas para que adoptem práticas que não poluem o ar, uma vez que isso afecta a saúde do povo.

Enquanto prevalecer o terrorismo e os raptos, não se pode afirmar que o país está em paz. Estas palavras foram proferidas esta sexta-feira, em Vilanculos, na província de Inhambane, pelo candidato presidencial da Renamo, Ossufo Momade, no âmbito da celebração dos 32 anos dos Acordos Gerais de Paz.

O país “parou” esta sexta-feira para assinalar os 32 anos da assinatura do Acordo Geral de paz, em Roma, na Itália, com intervenção de vários protagonistas, com destaque para a Comunidade de Sant’egidio. Foram os signatários, Joaquim Chissano, o então Presidente da República e Afonso Dhlakama, o falecido presidente da Resistência Nacional Moçambicana.

Os esforços para devolver a paz ao país foram “grandiosos”, contudo, hoje, o actual presidente do partido Renamo, em plena celebração do dia da paz, diz que ainda não se pode dizer que os moçambicanos estão em paz, pois a zona norte está a ser fustigada pelo terrorismo.

“Neste momento, não podemos afirmar que Moçambique está em paz, quando temos irmãos em Cabo Delgado sendo mortos pelo terrorismo e pela ausência do Estado. Muitos dos nossos irmãos estão na condição de deslocados de guerra a passar necessidades e a clamar pela acção de todos nós”.

Além do terrorismo no norte, Ossufo também falou dos seuqestros e raptos no sul. “A onda de sequestros que vem crescendo na Cidade de Maputo sob olhar impávido do governo e das Forças de Defesa e Segurança, são também indicadores de que não estamos em paz no país”, defendeu.

Apesar de assumir que a paz ainda não é plena, Ossufo Momade não deixou de saudar o “grande passo” de busca de paz, alcançado entre a Renamo e o Governo. “O processo de paz não foi fácil, não se tratou apenas de assinar acordos, mas da compreensão e respeito mútuo, em que é preciso cultivar a paz e respeitar as diferenças. A reconciliação exige verdade, justiça e, acima de tudo, empatia”.

Além de criticar, o líder da Perdiz, mostrou-se comprometido com a manutenção da paz e reiterou que é preciso que se faça mais pois “cada passo que damos na construção de uma sociedade mais justa é um atributo àqueles que lutaram e ao valor de um futuro em que todos possam viver em harmonia”.

Faltando apenas 5 dias para as sétimas eleições gerais, Ossufo Momade apelou para o respeito dos princípios democráticos e pela vontade popular a ser expressa nas urnas, em homenagem “a todos aqueles heróis sacrificados pela luta por eleições livres, justas e transparentes”.

A Polícia, em Manica, abriu um auto contra o candidato presidencial Venâncio Mondlane por alegada incitação à violência e realização de campanha eleitoral fora do horário estabelecido. Venâncio Mondlane já reagiu e disse que a PRM está a ser injusta.

À sua chegada a Manica, esta terça-feira, Venâncio Mondlane fez algumas passeatas pelas ruas de Chimoio. Já na zona da Cher, um guarda prisional passou de sua viatura em frente da caravana do candidato presidencial suportado pelo PODEMOS, atropelando pessoas. Houve uma agitação que levou a polícia a dispersar a população. Neste momento, a viatura do guarda prisional era vandalizada por apoiantes de Venâncio Mondlane, enfurecidos.

Ao Hospital Provincial de Chimoio, chegaram cinco feridos, incluindo o condutor da viatura, depois de ser severamente espancado.

A Polícia atribui culpa ao candidato Venâncio Mondlane e contra ele diz ter já aberto um auto por incitação à violência. Diz ainda a Polícia que Venâncio fez campanha fora do horário normal.

Entretanto, o jurista André Júnior diz que não há espaço para Venâncio Mondlane ser responsabilizado por incitação à violência.

Sobre campanha eleitoral, a lei não estabelece horário. A Lei 8/2013 de 27 de Fevereiro que aprova o quadro jurídico relativo à eleição do Presidente da República e eleição dos deputados da Assembleia da República estabelece no seu artigo 32 que “o recurso à propaganda com utilização de meios sonoros não carece de autorização, nem de comunicação às autoridades administrativas e só é permitido entre as sete e vinte e uma horas.”

Mondlane reagiu e deixou claro que não faz sentido tal acção, uma vez que existem cenários em que um carro da polícia foi visto com bandeiras de um clube. Segundo Mondlane, há também situações em que um candidato supostamente mandou encerrar escolas para os professores irem à sua campanha eleitoral.

O candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango, trabalhou, esta quinta-feira, na província de Nampula, a mais populosa do país. Simango prometeu melhorar as condições de vida da população, caso seja eleito Presidente da República a 9 de Outubro.

Simango diz que vai renegociar os projectos de areias pesadas para “beneficiarem” a população. “Lutero Simango e o meu governo vão renegociar o projecto das areias pesadas, para que se dê emprego aos vossos filhos. Votem em mim, porque eu irei dizer a eles para darem emprego à minha gente. Está claro? Votem em mim, para que tenham hospital e ambulâncias. Votem em mim, para que os hospitais tenham medicamentos. Eu estou aqui para pedir o vosso voto. Eu estou aqui para dizer a vocês que chega de sermos enganados”, disse Lutero Simango.

A nível de infra-estruturas, o candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique assegurou que vai reabilitar a via que faz a ligação entre Moma e Mogovolas. Simango prometeu, por outro lado, prover transporte para a população de Nampula.

“Votem em mim, para que eu possa colocar esta estrada como deve estar. Votem em mim, para reabilitar esta estrada. Votem em mim, para que eu possa criar condições para que tenham transporte aqui e vocês irem para outros distritos.”

Simango diz que, caso seja eleito Presidente da República no pleito de 9 de Outubro, vai criar condições para que “possam abrir os vossos negócios”.

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