O avançado da Associação Black Bulls, Ejaita, apontou três dos quatro golos da goleada imposta pelos “touros” à União Desportiva de Songo, este domingo, e isolou-se na frente da lista dos melhores marcadores do Moçambola 2021, agora com seis golos
Três meses depois a bola voltou a rolar nos campos moçambicanos. Parecia que seria uma jornada disputada a ritmo de treino para algumas equipas, tendo em conta que não tiveram muito espaço para jogos de controlo, mas a realidade provou o contrário.
Aliás, pensou-se que seria uma primeira jornada pós-retoma pouco produtiva em termos de golos, mas também a realidade mostrou o contrário.
Se na primeira jornada foram apontados 22 golos, baixando para 16 na segunda jornada e apontados 17 e 14 nas jornadas subsequentes antes da suspensão, a quinta jornada foi surpreendente no capítulo da finalização. Ao todo foram 17 golos apontados e os habituais marcadores regressaram com veia goleadora renovada.
PRIMEIRO “HAT-TRICK” DA PRESENTE PROVA
A maior surpresa dos resultados registados este final de semana veio de Tete, onde a União Desportiva de Songo vergou diante da líder, Black Bulls, e consentiu quatro golos na baliza do Valério. Os avançados dos “touros” voltaram a mostrar serviço e Ejaita, mais uma vez, voltou a fazer estragos. Foram três golos apontados, a fazer o primeiro “hat-trick” da presente edição do Moçambola 2021.
O nigeriano isola-se na frente da lista dos melhores marcadores, agora com seis golos, a dar um saldo de 1.2 golo por jogo. Este é, do resto, um dos melhores saldos dos goleadores do Moçambola dos últimos anos, a competir com o saldo do melhor marcador da última edição, Eva Nga, que até à quinta jornada tinha apontado cinco golos.
Nascido a 13 de Fevereiro de 2000, Ejaita Ifone chegou ao país pela porta do Clube de Chibuto, em 2018, tendo passado para a Black Bulls ainda no mesmo ano. As suas boas exibições alertaram a cobiça de clubes como Costa do Sol, que chegou a pedir o jogador por empréstimo, em 2020, mas sem competições o jogador acabou regressando a Tchumene.
Um jogador de 21 anos de idade a ter em conta nesta edição do Moçambola 2021.
DAYO EM PERSEGUIÇÃO
Outro jogador a ter em conta nesta edição é o internacional moçambicano Dayo, ao serviço do Ferroviário da Beira. Até antes da suspensão era um dos melhores marcadores, a par de Lau King, e não quis perder esse estatuto, não fosse o nigeriano marcar três golos em Songo.
Dayo ajudou a sua equipa a vencer o seu homónimo de Nampula, em terreno alheio, apontando um dos dois golos (outro foi marcado por Mafaite, que se estreou na lista dos melhores marcadores) e também isolou-se, mas na segunda posição, com cinco golos.
Já Lau King viu Ejaita marcar três golos e terá afectado a sua performance, não saindo dos quatro golos apontados antes da suspensão. Aliás, o internacional moçambicano deixou-se alcançar por Henriques, do Desportivo Maputo, e Melque, da Black Bulls, que marcaram nesta jornada e alcançam o pódio.
QUARENTA E CINCO JOGADORES COM UM GOLO
Os primeiros jogos desta jornada, mesmo com a suspensão de três meses, decretada pelo Presidente da República, têm sido fortes em termos de golos apontados, contando-se já 86 remates certeiros em 35 jogos até aqui disputados, o que dá uma margem de 2.45 golos por jogo.
Destes 86 golos, 45 apontados por cada um dos jogadores dos 14 clubes que disputam o Moçambola 2021, ou seja, estes ainda não marcaram um segundo golo. Vale dizer, também, que mais oito jogadores entraram para a lista dos melhores marcadores nesta jornada, estreando-se a acertar com as redes, com destaque para Marcel e Kidou, ambos do Ferroviário de Maputo, Jongwè, da Associação Desportiva de Vilankulo, Vivaldo, do Ferroviário de Lichinga, e Salas, dos “locomotivas” de Nacala.