A questão de Eduardo Jumisse, seleccionador nacional adjunto, foi outra que gerou e ainda vai gerar alguma polémica, tendo em conta a sua situação dentro da Federação Moçambicana de Futebol. O facto é que representa(va) a FMF como adjunto do seleccionador nacional, mas Feizal Sidat disse que não tinha contrato com o técnico. Ademais, a FMF não levantou a suspensão do técnico, tal como fez com os cinco jogadores.
O facto é que Eduardo Jumisse foi escolha de Chiquinho Conde para o auxiliar na missão de orientar os Mambas e a Federação Moçambicana de Futebol escolheu Victor Matine como seu homem de confiança.
Eduardo Jumisse, de acordo com Feizal Sidat, não tinha nenhum contrato de trabalho com a Federação Moçambicana de Futebol. Ou seja, “Eduardo Jumisse não é nosso funcionário”.
E a justificação de Feizal Sidat é que houve um acordo com Chiquinho Conde em relação a Jumisse. “Nós deixamos o seleccionador nacional ter a sua equipa técnica e tínhamos opções internamente, no caso o mister Matine. Fizemos acordo de cavalheiro com Chiquinho, que podia trazer o Jumisse, mas não seria da responsabilidade da FMF o salário, apenas quando se tratasse de viagens e outros a FMF iria cobrir todas as despesas”, explicou Sidat.
Outrossim, de acordo com o homem forte da FMF, Jumisse era treinador do Desportivo da Matola e tinha contrato com o clube matolense. Por isso, a FMF não queria mais contratos e o acordo terá sido aceite por todos. Sidat esclarece que “Jumisse recebeu todos os prémios e pocket money. Tudo o que os jogadores e equipa técnica receberam, Jumisse também recebeu”.
EXTINTA COMISSÃO DE INQUÉRITO DA FMF E LEVANTADA SUSPENSÃO DOS JOGADORES
Entretanto, o mesmo Eduardo Jumisse que não é funcionário da FMF foi suspenso pelo organismo que gere o futebol moçambicano, na mesma ocasião em que foram suspensos os jogadores Isac, Telinho, Chico, Kito e Shaquile.
Entretanto, durante a audição a Feizal Sidat por parte da comissão de inquérito independente da Secretaria de Estado do Desporto (a pedido do próprio Feizal Sidat, que viajou ainda ontem para Egipto, para o arranque do CAN de sub-20), a FMF recebeu um pedido para levantar a suspensão de todos.
Assim, depois da reunião da direcção do executivo federativo, a suspensão dos cinco jogadores acabou por ser levantada, ou seja, anulada, mas o mesmo não sucedeu a Jumisse. “Anular a suspensão preventiva que havia sido imposta aos atletas dos trabalhos da selecção nacional. Remeter todas matérias ao Conselho de Disciplina da FMF. Não mencionamos o Jumisse porque não é nosso funcionário”, disse Feizal Sidat, deixando transparecer que já não quer contar com o técnico ao serviço da selecção nacional.
Ou seja, Chiquinho Conde terá que encontrar outro adjunto, depois de dois dos seus homens de confiança terem sido preteridos pela Federação Moçambicana de Futebol.
Outra das medidas tomadas na reunião da direcção da FMF é a revogação da comissão de inquérito por si criada, e “todo o processo a decorrer vai passar para o conselho de disciplina”.
Ademais, a FMF decidiu dar o apoio necessário para a comissão de inquérito independente da SED para que investigasse os acontecimentos de Argélia.