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Economia nacional está a entrar para pós-crise

Durante a cerimónia de celebração dos 120 anos da empresa CFM, esta segunda-feira, o Presidente da República falou sobre o desempenho da economia nacional. Filipe Nyusi começou por descrever os momentos difíceis por que a economia passou nos últimos três anos, caracterizados pela redução do preço de alguns dos principais produtos de exportação, como é o caso de carvão mineral e alumínio. O cancelamento da ajuda externa devido às dívidas ocultas, a redução do Investimento Directo Estrangeiro que só em 2017 atingiu pouco mais de dois mil milhões de dólares, foram outros dos factores que colocaram desafios enormes à economia.

Como resultado, os principais indicadores macro-económicos deterioraram destacando-se a subida da inflação, a corrosão das reservas líquidas internacionais, o aumento da taxa de câmbio face às principais moedas e o aumento das taxas de juros. O governo, segundo o Chefe de Estado, foi obrigado a tomar medidas fiscais e mexeu na Política Monetária. Por outro lado, tomou medidas que permitiram o aumento da transparência na gestão de fundos públicos, bem como a redução das despesas.

Estas medidas, segundo Filipe Nyusi, permitiram que os indicadores económicos melhorassem. O metical conseguiu valorizar-se diante das principais moedas estrangeiras, as reservas internacionais líquidas aumentarem garantindo importações para 4,5 meses, a taxa de inflacção tem estado a um dígito e o Investimento Directo Estrangeiro está a voltar a fluir.

Uma das satisfações de Filipe Nyusi é ver que o aumento dos preços de carvão mineral no mercado internacional tornou o projecto de exploração da mina de Moatize, explorado pela mineradora brasileira Vale, viável e a empresa abandonou a pretensão de parar com as operações que estava a ponderar tomar nos anos mais difíceis.

Para além de aumentar a sua produção, a multinacional japonesa aumentou o seu capital no projecto de Moatize, o que para o Presidente da República é resultado da diplomacia económica e das conversações que o seu governo tem levado a cabo com os principais parceiros económicos de Moçambique além-fronteiras.

 

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