A pandemia da COVID-19 provocou uma derrapagem na economia angolana. No segundo trimestre de 2020, a queda foi de 8,8% relativamente a igual período do ano passado, anunciou o Instituto Nacional de Estatística de Angola.
“A desaceleração acentuada da actividade económica reflectiu o impacto da pandemia da COVID-19, que se fez sentir no referido trimestre”, lê-se no comunicado sobre as contas de Abril a Junho, citado pelo Observador.
Esta variação negativa é atribuída, fundamentalmente, às actividades de pesca (-27,8%), petróleo (-8,2%), extração de diamantes (-15,6%), construção (-41%), Comércio (-0,1%), transporte (-78,9%), imobiliária (-17,6%), impostos (-53,6%), outros serviços (-2,1%), indústria transformadora (-4%) e subsídios (-71,7%).
A divulgação das estatísticas relativamente ao segundo trimestre, surge depois da demissão do presidente do Instituto Nacional Estatística, Camilo Ceita, que a comunicação social local atribui ao facto de ter sido apresentado uma versão preliminar do documento, no qual a queda do PIB no segundo trimestre era de 12,7%, que terá merecido a discordância do Governo, tal como terá também acontecido em Janeiro relativamente aos números da inflação.
Num correio electrónico de despedida aos trabalhadores, citado por vários jornais angolanos, o agora ex-presidente salientou que “a autonomia é um dos pilares. Nossa casa grande de equilíbrio da democracia, não deve nunca descurar dela”.