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“É preciso quebrar o tabu de que África não tem ópera”, diz Paulina Chiziane

Com vista a quebrar este tabu, a escritora apresenta, no próximo dia 10 de Março, o concerto “Msaho”, uma ópera africana desenhada por si há seis anos, com o objectivo de mostrar as valências culturais moçambicanas.

Inspirada no seu livro de poesia, intitulado “O Canto dos Escravizados”, Paulina Chiziane desenhou uma ópera à maneira moçambicana há seis anos.

Segundo conta, ao expor a ideia teve pouco apoio, mas não desistiu, caso para dizer que nem só de livros viverá Paulina.

Com o espectáculo, pretende-se juntar várias manifestações artístico-culturais, como teatro, poesia e canto, para apresentar a história de opressão e libertação do povo africano ao mesmo tempo que se quebram alguns tabus.

“Há várias coisas, uma das quais é quebrar esse tabu de pensar que África não tem ópera. [Quero] quebrar esse tabu de dizer que os moçambicanos não têm ópera. Ópera é uma manifestação cultural, assim sendo, todos os povos têm ópera”, argumentou a escritora.

Ao aderir ao espectáculo, segundo Paulina Chiziane, o público terá uma experiência equilibrada entre o entretenimento e reflexão sobre “a sua interioridade”.

O evento terá lugar no Centro Cultural Universitário, em Maputo, na próxima sexta-feira.

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