É com alegria que começo o meu depoimento dirigindo os meus parabéns a Sua Excelência Reverendíssima Don Dinis Salomão Sengulane, Bispo Emérito da Diocese dos Libombos da Igreja Anglicana, pela celebração do seu 75º aniversário natalício. Graças sejam dadas a Deus que o concedeu estes anos todos conservando-o com tão vigorosa saúde e forças para continuar a brindar-nos com boas obras e seus sábios conselhos.
Parabéns a Don Dinis porque foram 75 anos bem vividos para si próprio, mas, sobretudo para todos nós seus irmãos Moçambicanos a quem ele serviu desinteressadamente durante a sua vida adulta particularmente desde os seus 28 anos de idade, altura em que foi ordenado Diácono e Presbítero da Igreja Anglicana. Ele viveu idealizando e realizando programas da sua Igreja e do Conselho Cristão de Moçambique, de todas as Igrejas da África e do Conselho Ecuménico Mundial para promover a inclusão e o bem-estar de todos homens e mulheres sobretudo os desfavorecidos e excluídos, com atenção especial às crianças de Moçambique, do nosso continente e do mundo em Geral.
Vimo-lo empenhado em projetos de agricultura em apoio a produção de mais alimentos para matar 6a fome de tantos esfomeados e em projectos de nutrição a favor de muitos malnutridos. Vimo-lo na promoção de acções na área da saúde onde foram notórias as suas contribuições no combate contra a malária, nomeadamente no Programa Fazer Recuar a Malária sem, no entanto, dar tréguas ao HIV/SIDA e outras doenças que aparecem em surtos sucessivos no nosso país. Hoje o Bispo Emérito é também soldado da primeira linha no combate contra o Coronavírus. Ele nos chama a estarmos unidos e a obedecermos à voz de comando nesta batalha tão complexa quão perigosa.
Parabéns porque na sua vida soube dar os conteúdos mais adequados á educação dos Moçambicanos, uma educação baseada no exemplo da sua vida no seio da sua família, no seio da sua Igreja e da colectividade de Igrejas em Moçambique como o testemunhamos ao vê-lo fazer crescer e aumentar a visibilidade na sociedade do Conselho Cristão quando chegou a sua vez de ser o Presidente desta união de Igrejas.
Parabéns por continuar a viver e a fazer-nos viver uma “VIDA PLENA“ através do seu programa televisivo de reflexão que ele nos oferece em cada domingo como um dos trabalhos que ele continua a realizar como um educador, um inspirador e pastor emérito que é.
Don Dinis Salomão Sengulane vive uma vida de paz no seu íntimo, ou melhor, Don Dinis é, ele próprio, Paz que irradia para cada um do seu povo. Só alguém que sente que é, ele próprio, Paz, pode crer que cada um dos seus irmãos pode e deve ser também a própria Paz. Daqui ele nos ensinou a cumprimentarmo-nos com um “OLÁ PAZ.” Ele educa-nos assim, pelo seu exemplo, a gostarmos de proteger a paz que somos não só quando procuramos acabar com a guerra, por termo a um conflito, mas também quando nos conciliamos transformando as armas em enxadas para produzirmos alimentos agasalhos, abrigos e amor.
O Bispo Sengulane é um homem alegre e educa-nos a viver alegres e a distribuirmos alegria aos que não a têm perante as vicissitudes da vida.
A marcha que eu empreendi como Chefe do Estado Moçambicano em busca da recuperação da Paz para o nosso País encontrou-se com a que o Bispo Sengulane vinha fazendo e marchamos juntos e com muitos mais, até que encontramos a paz que por mais de 20 anos travou a onda de mortes e destruições, o que nos permitiu recuperar a economia e combater a pobreza absoluta. E não estávamos sós entre Moçambicanos, unimos forças com muitos amantes da paz de além-fronteiras e apregoamos o diálogo como a única forma eficaz não só para eliminar o conflito, mas principalmente para preveni-lo. Desde então o Movimento para a Paz jamais cessou e o Bispo Sengulane nunca mais dele saiu.
Termino com um grande agradecimento especial pelo trabalho que Sua Excelência Reverendíssima Don Dinis Salomão Sengulane realizou e pelo que continua a realizar como cidadão moçambicano e como Pastor de Almas, com o augúrio de que Deus lhe dará muitos mais anos de vida com saúde e capacidade de continuar a mostrar-nos a luz. Bem-haja!