Samuel Djive e Mapfara inauguraram uma exposição de pintura e cerâmica, intitulada “Resiliência”, na Fundação Fernando Leite Couto, em Maputo. O texto de apresentação da mostra é assinado por Nelson Saúte.
Um resultado de dois anos de confinamento devido à pandemia da COVID-19. O período complexo permitiu a Samuel Djive novas formas de abordar as telas. “É um trabalho realizado no sentido de mostrar às pessoas algo diferente, algo que eu aprendi e ficou um pouco apagado e queria tentar resgatar”, disse.
Na mostra, Samuel Djive resgata fotografias de personalidades e, através da estética da colagem sobre tela, traz o resultado da resiliência. Uma estética que, segundo o autor, não usava desde os tempos da Escola de Artes Visuais.
“E resiliência é este resultado de existência e nunca parar, até porque, durante este período de confinamento, os artistas tiveram um impacto negativo. É também uma forma de ilustrar a preservação da natureza através da reciclagem”, considerou.
Por outro lado, Mapfara traz esculturas e estatuetas que, segundo disse, incluem a particularidade de mostrar a esperança.
A mostra é composta por 25 obras produzidas no início de 2020, depois da eclosão da COVID-19 no país, que levou o Governo a decretar o Estado de Emergência, sendo a angústia um dos sentimentos retratados pelos artistas.
O texto de apresentação desta colectiva é assinado pelo escritor Nelson Saúte, e a exposição está aberta ao público até 30 do corrente mês.