O Hospital Central de Maputo (HCM) já garantiu, para a quadra festiva à vista, 300 unidades de sangue, para responder aos incidentes decorrentes nesta época do ano.
Este ano, a quantidade de sangue é reduzida quando comparado ao mesmo período do ano passado, em que havia 500 unidades. Esta situação deve-se à redução do número de dadores, devido à pandemia da COVID-19.
Segundo Farida Urci, directora clínica do HCM, por conta da redução do líquido vital, a unidade sanitária viu-se obrigada a interromper as cirurgias programadas, que não colocam em risco a vida do paciente, para priorizar as de urgência.
“Esta época é caracterizada pela entrada de pacientes com traumas resultantes de agressão física e acidentes de viação e esses pacientes precisam de muito sangue, daí que preferimos interromper as cirurgias electivas para dar lugar às cirurgias de urgência”, explicou a médica.
Por isso, alertou para a necessidade de reposição do sangue, através da doação de todas as pessoas elegíveis.
Em relação aos insumos médicos, como o caso de material médico-cirúrgico e medicamentos vitais, a directora clínica do HCM disse que também já estão garantidos.
Nesta altura do ano, o número de pacientes também tende aumentar, como por exemplo, os doentes crónicos com hipertensão arterial e diabetes devido ao facto de não cumprirem as recomendações médicas, conforme explicou a médica. Regista-se ainda a entrada de pacientes com doenças diarreicas e intoxicação alimentar resultante da ingestão de substâncias tóxicas e alimentos impróprios.
Para responder à demanda, a médica garantiu que o HCM reforçou o número de profissionais. Ao todo, serão 200, desde serventes, enfermeiros até médicos.
“Já temos as escalas preparadas e temos o serviço de apoio clínico, composto pela radiologia, hemodiálise, laboratório”, referiu.
Sobre a COVID-19, Urci avançou que está tudo acautelado para receber pessoas infectadas que recorram àquela maior unidade do país.