A ministra da Cultura e Turismo diz que o Governo esteve sempre presente em todos os momentos da vida e obra de Dilon Djindji. Eldevina Materula diz ainda que o país se deve unir para preservar o legado do artista.
O país e o mundo continuam a chorar pela morte de Dilon Djindji, falecido na madrugada de quarta-feira. Falando ao “O País”, a ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, disse que o Governo esteve presente em todos os momentos críticos e alegres do artista.
“Nós temos estado a acompanhar todo o processo de saúde do Dilon e, como tantos outros artistas, faremos aquilo que é o nosso papel, estaremos nas cerimónias e vamos dar todo o apoio que a família precisar. Mas, tratando-se de uma situação também familiar, gostaríamos de deixar para o fórum privado tudo aquilo que são os esforços que temos vindo a fazer”, reage a governante a uma perda que caracteriza como irreparável.
Como forma de imortalizar o artista, a quem caracteriza como património cultural, Materula diz que o país deve unir-se para preservar o legado do rei da marrabenta. Para Materula,“foi com os sons, com a música, com a sua marrabenta, que Dilon levou e elevou o bom nome de Moçambique. Dilon foi mais que um músico, é para Moçambique um património, património nacional. Dilon Djindji é um dos gigantes. E hoje, sim, choramos a sua perda, mas celebramos a sua vida.”
O Governo tem em manga um projecto de digitalização dos feitos de Dilon Djindji e dos demais artistas, bem como a construção de arquivos que possam imortalizar a cultura clássica do país.
“É importante dizer que o papel de preservação do legado de Dilon e tantos outros patrimónios nacionais é conjunto. O Estado tem o seu papel, mas a sociedade tem também o seu e a academia, em particular, tem um papel muito importante. Os seus discos, as suas obras devem ser e continuar a ser gravadas, digitalizadas e arquivadas. Mas temos que continuar a trabalhar, continuar a fazer o trabalho que já se iniciou (…) mas temos que unir esforços conjuntos para que Dilon jamais seja esquecido”, afirma Eldevina Materula, assegurando que o governo estará presente nas exéquias do artistas.
A cerimónia fúnebre de Dilon Djindji está marcada para este sábado às 9 horas no monumento Gwaza Muthini, em Marracuene, terra natal do autor de Podina.