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Dia dos Heróis: Nyusi convida moçambicanos a reflectirem sobre a necessidade da paz

Passam hoje 51 anos do assassinato de Eduardo Chivambo Mondlane, por uma bomba disfarçada em livro. Em homenagem ao então presidente e um dos fundadores da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a cada 3 de Fevereiro celebra-se o Dia dos Heróis Moçambicanos.

Pela efeméride, o Presidente da República convida os moçambicanos a reflectirem sobre a necessidade do envolvimento de todos na luta pela paz e diz que os ataques armados no centro e norte do país não devem distrair a população do trabalho com vista ao desenvolvimento.

“Celebramos hoje o 3 de Fevereiro, dia consagrado aos heróis de Moçambique. É uma data em que todos somos chamados a reflectir não somente sobre a contribuição dos feitos dos nossos heróis, mas também sobre o contributo de cada um de nós sobre o contributo de Moçambique. É uma celebração que simboliza a vitória do querer, da disciplina, da coragem e do sentir da pertença perante todo o tipo de impossibilidade”, afirmou Filipe Nyusi depois da deposição de uma coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.

A efeméride coincide ainda com um ano em que Eduardo Mondlane, “o herói da nossa pátria e arquitecto da unidade nacional”, completaria 100 anos a 20 de Junho deste ano.

Segundo o Chefe de Estado, hoje foram relembrados os heróis que “nos ensinaram e mostraram que com a unidade, o empenho e o sacrifício podemos defender o interesse colectivo e vencer quaisquer desafios”.

Entretanto, as celebrações acontecem numa altura em que, mais uma vez os moçambicanos são atentados com “actos hediondos na província de Cabo Delgado. Os malfeitores financiados por forças internas e externas estão a assassinar as populações e destroem habitações e outras infra-estruturas”.

Nyusi disse que lamenta o facto de, depois da assinatura do Acordo de Paz, em Agosto de 2019, “estar-se a observar ataques perpetrados por moçambicanos que se dizem dissidentes da Renamo, que reclamam vantagens internas no seio daquela organização, optando por atacar as populações inocentes”.

Mas “com a mesma inspiração e espírito” da data em que foi instituído o 3 de Fevereiro, como dia dos heróis moçambicanos, “continuemos a apoiar a acreditar nas Forças de Defesa e Segurança” para conter os desmandos no centro e norte do país.

“Estamos em diálogo, mas aqueles que matam os moçambicanos continuaremos a persegui-los em todos os cantos do nosso país com vista a responsabilizá-los pelos crimes que cometem contra o Estado moçambicano”, afirmou Nyusi.

Participaram na deposição da coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos titulares de órgãos de soberania, as Forças de Defesa e Segurança, os membros do Governo e corpo diplomático acreditado no país, combatentes da luta de libertação nacional, entre outras entidades.

 

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