A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve há dias, no Cruzamento de Inchope, distrito de Gondola em Manica, um indivíduo suspeito no caso de tráfico de cinco pessoas.
As vítimas foram interceptadas juntamente com o acusado quando se deslocavam de Mandimba, em Niassa, para a vizinha África do Sul, onde alegadamente seriam empregados domésticos.
Ally Ahmed, nega, entretanto, a acusação e diz ser moçambicano, natural de Niassa e a residir actualmente em Maputo. Conta que há dias deslocou-se à Niassa, concretamente onde contratou as cinco pessoas, para ajuda-las a ter emprego na África do Sul, acrescentando que o seu único pecado que o levou às celas é não dominar as línguas nacionais.
“Eu fui na cadeia porque não tenho Bilhete de Identificação. Deixei o B.I original em Mandimba. O problema que me levou até aqui é que não expresso bem português”, justificou.
As declarações de Ahmed não convenceram a Polícia, uma vez que além deste apresentar cópias de Bilhete de Identidade falsificadas, tanto as vítimas estão na mesma situação, o que levanta suspeitas de se estar perante um caso de tráfico de pessoas.
O porta-voz da Direcção Nacional de Identificação Civil, que acompanha de perto o processo, não descarta a hipótese dos documentos terem sido falsificados com funcionários daquela instituição, o que, a ser verdade, medidas deverão ser tomadas para desencorajar a prática.