Uma técnica de saúde foi detida no distrito de Massinga, na província de Inhambane, indiciada de prática de abortos clandestinos. Durante a investigação, a técnica tentou supostamente subornar agentes do Serviço Nacional de Investigação (SERNIC) com MZN 100 mil.
É mais um caso de exercício ilegal de medicina em Massinga, província de Inhambane, onde, nos últimos anos, tem sido registado este crime que, muitas vezes, culmina com a morte de pessoas que procuram estes serviços.
Desta vez, e num cenário que indignou a comunidade, foi detida uma técnica de saúde que retirava material médico-cirúrgico e medicamentos do sistema público e usava para fazer abortos clandestinos na sua casa.
“Foi apreendido, na residência da funcionária, diverso material médico entre comprimidos, injecções, seringas, testes de gravidez, luvas, avental e outros. Todo este material foi retirado do Sistema Nacional de Saúde”, explicou Kátia Mussa, magistrada do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Inhambane.
Aliás, o processo estava a ser instruído sob indícios de prático de abortos clandestinos, mas a técnica decidiu subornar os agentes da lei e acabou detida.
“É indiciada a agente por prática de corrupção activa para acto ilícito previsto e punido no artigo 427 do Código Penal, porque, aquando da execução do mandado, esta funcionária prometeu alguma vantagem indevida aos executores do mandado. Estamos a falar de 100 mil Meticais que eram para se eximir das suas responsabilidades”, disse a magistrada do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Inhambane.
Neste momento, as autoridades continuam com a investigação, para apurar a quantidade de material médico retirado do hospital de Massinga, bem como o número de pessoas a quem ela interrompeu a gravidez.