Quatro funcionários afectos ao sector da Educação no distrito de Inhassunge, província da Zambézia, encontram-se detidos alegadamente por desvio de mais de 700 mil meticais.
Para lograrem os seus intentos, os visados transferiram o dinheiro, em fases, da conta da Direcção Distrital de Educação, Juventude, Ciências e Tecnologia de Inhassunge para pessoas alheias à instituição, entre elas, seus familiares.
As operações aconteceram em 2018 com recurso à plataforma informática do Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE).
Domingos Júlia, porta-voz da Procuradoria Provincial da Zambézia, explicou que, do valor supostamente roubado, uma parte era para cobrir as despesas de exames escolares naquele ano.
A outra parte, dos poucos mais de 700 mil meticais, devia ter sido orientada para os subsídios de morte de professores. Mas o valor seria canalizado às famílias dos malogrados, acrescentou Domingos Júlia.
“Nos termos da lei, os funcionários em alusão são acusados de crimes como peculato e abuso de cargo ou função”, disse a fonte.
Aliás, o magistrado contou que o montante inclui ainda despesas com combustível e outros bens de que os funcionários beneficiaram sem direito, uma vez que já tinham cessado as funções que lhes permitiam esses privilégios.