O País – A verdade como notícia

A selecção nacional de futebol defronta, hoje, pelas 23 horas de Maputo, a Argélia, em jogo da sexta jornada do Grupo G de qualificação para o Mundial 2026, partida na qual o jornalista da Super Sport, Henrique “Alito”  Aly,  diz que os Mambas devem ser coesos, solidários e explorarem os erros do adversário, para alcançarem um bom resultado.

Não é propriamente um jogo decisivo nas contas de qualificação para o Mundial 2026, até porque marca apenas o arranque da segunda volta do grupo G desta corrida para o evento a realizar-se nos EUA, México e Canadá. 

É, antes de tudo, uma partida que pode definir a liderança isolada e colocar o vencedor  da mesma em boa posição, nos restantes duelos que marcam esta campanha.

Argélia e Moçambique travam argumentos, no Estádio Hocine Ait Ahmed, em Tizi Ouzou, naquele que será o terceiro jogo entre as duas selecções no seu historial de confrontos. Na primeira volta, a 19 de Novembro de 2023, os argelinos venceram por 2-0, com os tentos a serem apontados por Chabi (69′) e Zerrouk (84′).

Na antevisão desta partida, o jornalista da Super Sport, Henrique Aly, defende que os Mambas devem  ser solidários, coesos e capitalizar os erros do adversário.

“Em termos de factores que podem ser decisivos neste jogo, destaco, desde logo, a qualidade. A qualidade da selecção de Moçambique tem que estar lá. Depois, a competência. A competência é nos apercebermos onde estão as nossas virtudes e as nossas limitações, e trabalharmos em torno destes dois segmentos para termos um conjunto mais coeso, mais forte, mais compenetrado possível daquilo que é a sua missão. A missão é travar uma selecção da Argélia que é, teoricamente, mais forte. Como é que se faz isso? Faz-se isso potenciando-se ao máximo aquilo que são as capacidades dos atletas que vão ser escalados por Chiquinho Conde, isto em função das características do adversário e em respeito aquilo que são as próprias características da selecção de Mocambique”, notou Aly. 

Mesmo com  grande cotação, que se traduz em quatro presenças no Mundial (1982, 1982, 2010 e 2014), há sinais evidentes de respeito por parte dos argelinos aos Mambas.  De resto, sustenta Henrique Aly, a Argélia desloca este jogo para cerca de 100 km para uma cidade que é casa do Jeunesse Sportive de Kabylie, o maior campeão da argelino com 14 títulos. Tem um estádio com capacidade para pouco mais de 50 mil espectadores e, aquilo que se sabe , é que esta é uma zona da Argélia onde o futebol é vivido de uma forma muito mais apaixonada, intensa e cultuada do que noutros pontos da Argélia, incluindo a capital Argel”.

A deslocação deste duelo para um palco com estas características, refere, “é justamente para tentar criar, aqui, um factor de maior intimidação à selecção de Moçambique”. 

Os argelinos, argumenta,  “reconhecem que, neste momento, Moçambique já não é um adversário e terá observado que a selecção nacional evoluiu”.

“Estamos a falar de uma selecção de Moçambique que tem mostrado sinais de evolução, desde a campanha de apuramento ao CAN anterior, até esta fase de acesso ao Mundial, onde contabiliza apenas uma derrota em cinco jogos. Está a co-liderar o grupo com a Argélia e esta já se apercebeu que a selecção nacional pode criar dificuldades, e começa com esta estratégia interessante de deslocar o jogo para um palco onde haverá um ambiente mais hostil”, acresceu.  

O jogo Argélia – Moçambique está agendado para as 23 horas de Maputo.

A selecção nacional defronta a Argélia esta terça-feira, a partir das 23 horas de Moçambique, em partida da sexta jornada da fase de qualificação ao Mundial-2026. É o arranque da segunda volta da competição, com os Mambas à busca de um resultado que garanta a liderança isolada e, consequentemente, o consolidar de um sonho do Mundial, que Chiquinho Conde incute nos jogadores e em todos moçambicanos.

Naquele que será o quinto jogo entre as duas selecções na história, os Mambas procuram, diante da Argélia, a segunda vitória, depois de ter vencido no longínquo ano 1996, num amigável de preparação para o CAN do mesmo ano, que teve lugar na África do Sul.

É um jogo de extrema importância para os dois conjuntos, sabendo que uma vitória, para além de significar liderança isolada, é um passo gigantesco na luta pelo apuramento à fase final do Campeonato do Mundo.

Na primeira volta desta fase de qualificação, em Maputo, a Argélia venceu por duas bolas sem resposta e desta vez os Mambas querem dar o troco, também vencendo em terreno alheio.

Foi, do resto, a única derrota sofrida pelos Mambas nesta caminhada, onde despontam selecções derrotadas pelo combinado nacional, nomeadamente Somália, Guiné Conacri, Botswana e Uganda, esta última derrotada no último jogo.

Os Mambas defrontaram Argélia pela primeira vez em 1986, num amigável que serviu de preparação para o CAN do mesmo ano, no Egipto, e foram goleados por 4-1, antes de vencerem o único jogo diante do argelinos, em 1996.

Os dois últimos jogos entre ambos foram vencidos pela Argélia, nomeadamente por 0-1 nos quartos-de-final da fase final do CHAN-2023, e depois em Novembro de 2023, em Maputo, por 0-2, na segunda jornada desta fase de qualificação ao Mundial.

Mas os bons resultados, os últimos, principalmente, em que venceram a Guiné, em Conacri, por uma bola sem resposta, a Somália, em casa, por 2-1, e recentemente a Uganda, em espaço neutro, por 3-1, juntando-se à qualificação para o CAN desta ano no Marrocos, dão confiança nos jogadores que é possível continuar a trilhar bons resultados fora de portas.

Mas há mais factores que podem ajudar os Mambas neste jogo: é que a selecção nacional chegou mais cedo a Argel em relação a Argélia, para preparar o embate desta terça-feira. Os Mambas chegaram no sábado, depois do jogo da quinta-feira, enquanto a Argélia só aterrou no domingo, ido do Botswana.

Mambas descartam reconhecimento do campo

O combinado nacional está em Argel desde sábado e já efectuou três unidades de treinos com todos jogadores disponíveis para o embate diante da Argélia. Esta segunda-feira devia ter realizado o treino de adaptação ao Estádio Hocine Ait Ahmed, em Tizi Ouzou, mas devido à distância entre as cidades optou por declinar esse reconhecimento.

Assim, a selecção vai viajar na manhã desta terça-feira de Argel para Tizi, numa distância de pouco mais de 120 quilómetros, onde deverá almoçar, descansar e esperar pela hora do jogo, num hotel próximo ao estádio.

Ou seja, os Mambas vão às cegas para o estádio que vai acolher o jogo, não conhecendo o palco, tal como aconteceu no Egipto, em que não chegou a treinar no Estádio Internacional do Cairo, palco que recebeu Uganda.

Em equipa que ganha não se mexe

Para o jogo desta terça-feira, o seleccionador nacional poderá entrar com a mesma equipa inicial que defrontou Uganda, podendo, possivelmente, fazer uma ou duas alterações, em função do adversário.

Claro está que no sector defensivo não haverá alteração, com Ernan a ser o confiado para a defender as redes nacionais, atrás do quarteto defensivo composto por Infren, Chamboco, Reinildo e Bruno Langa. No intermediário podem haver dúvidas em relação à dupla de pivôs, onde Alfonso Amade pode jogar ao lado de Nené, relegando Guima ou Pepo para o banco, tal como Gildo Vilankulo, que pode ficar no banco e para o seu lugar ser chamado Witi ou Clésio para a ala esquerda.

Geny Catamo e Stanley Ratifo vão continuar a merecer a confiança do seleccionador nacional.

O seleccionador nacional está confiante que os Mambas vão fazer uma excelente partida de futebol e que é possível sair da Argélia com um resultado positivo. Chiquinho Conde diz que a preparação para o embate desta terça-feira decorreu da melhor forma e que os jogadores aplicaram-se ao seu máximo nível.

Ainda assim, Conde reconhece a grandeza da Argélia. “Sabemos perfeitamente das dificuldades que nós iremos encontrar, porque a Argélia é uma grande selecção, é a selecção candidata ao primeiro lugar deste grupo, desde o início eu disse isso, mas a qualificação só termina no fim e hoje, felizmente, as camisolas não ganham jogos, é preciso que esta superioridade da Argélia seja transparecida dentro das quatro linhas”, disse o seleccionador nacional.

Apesar da grandeza do adversário, Chiquinho Conde diz que é preciso saber aproveitar os pontos fracos para alcançar um bom resultado. “Todas as equipas têm sempre partes fortes e as partes fracas, nós vamos analisar com muito cuidado para que possamos também ferir esta selecção”, frisou, realçando que todos jogadores estão aptos para o jogo. 

Para Chiquinho Conde o embate desta terça-feira não deve condicionar a forma como a selecção tem se apresentado nos jogos, até porque “é um jogo, somente um jogo” que não dita a qualificação. “Temos ainda um longo percurso a correr, mas sem sombra de dúvida que este é um dos mais importantes momentos das nossas carreiras”, destacou, fazendo antevisão ao jogo.

O seleccionador nacional diz ainda que o combinado nacional deve aproveitar o embate diante da Argélia para demonstrar as suas valências, até porque “queremos continuar com o sonho de conseguirmos essa vantagem no grupo para podermos dar uma alegria ao nosso povo”. 

Não é a primeira vez que os Mambas vão defrontar Argélia e Chiquinho Conde revela ter algum conhecimento do adversário, que o vê como “uma selecção fortíssima, com belíssimos jogadores, muito experientes, são muito mais pressionantes”, assegurando que a selecção vai trabalhar com tranquilidade para poder fazer um bom jogo, “e depois no fim vamos ver quem é que ganha e o resultado que nós pretendemos é pontuar, para que continuemos a sonhar com o nosso principal objectivo”. 

Reconhecendo essa grandeza da Argélia, Conde diz que há que ter muitas cautelas, até porque “caldos e galinhas não fazem mal a ninguém”, revelando que a selecção vai jogar num bloco inicialmente médio, para depois ver o que o jogo irá ditar. 

CLÉSIO BAÚQUE – Jogador dos Mambas

Hoje é o último dia de treino, o grupo está confiante, não será um jogo fácil, será um jogo difícil, mas a gente está aqui para fazer o nosso futebol e sair daqui com os três pontos. Hoje em dia não são as camisolas que jogam, mas sim, lá dentro do campo vamos jogar porque são 11 contra 11. No futebol já não existe a selecção grande, somos todos iguais, somos homens, eles também são homens. E vamos dentro do campo demonstrar o nosso futebol e jogar de pé para pé. Como eu tenho dito, o ambiente é sempre positivo, é um grupo alegre, confiante. Quando temos que trabalhar, trabalhamos. Quando temos que brincar, brincamos. Vamos levar a brincadeira com seriedade para dentro do campo amanhã. Esta é uma selecção forte, eles são fortes, mas hoje em dia não é o nome que joga, mas sim, são os homens, e vamos para lá para jogar de igual para igual. Não vamos defender, não vamos baixar as linhas, se for para pressionar, vamos pressionar, se for para baixar, vamos baixar, se for para gerir, vamos gerir, se for para sair para cima deles, a gente vai para cima deles.

EDUARDO NAMBURETE – Embaixador de Moçambique na Argélia

A expectativa é bastante grande e muito positiva. Por aquilo que temos visto o espírito dos jogadores está muito alto, e todos eles demonstram caras bastante alegres, muito relaxados, e é este espírito que eles devem levar para o campo. Estamos aqui para mais uma vez continuarmos a dar o nosso conforto, a nossa presença aqui é a presença dos moçambicanos que vem apoiar a nossa selecção e mostrarmos que estamos com eles, como prometemos desde o começo, que estaremos com a selecção desde a sua chegada até a sua partida. Os moçambicanos que estão aqui virão de várias províncias, estão espalhadas, mas alguns vão vir de distâncias de 600 km ou um pouco mais, mas todos eles estão bastante motivados a fazer estas distâncias para ir assistir o jogo, e temos também a comunidade dos africanos da região da SADC, que agora também manifestaram interesse em se juntar à comitiva moçambicana para apoiar os Mambas, e a expectativa é que de facto tenhamos um número elevado de moçambicanos e outros africanos de fora da Argélia a apoiar a selecção nacional. Neste momento estamos a trabalhar no sentido de mobilizar estes jovens, garantindo-lhes o transporte. São estudantes, alguns deles não têm recursos próprios para poderem ter acesso ao estádio, então nós como representação de Moçambique aqui vamos dar o apoio que for necessário para eles poderem estar conosco durante o dia de amanhã. Os nossos amigos argelinos obviamente puxam para o seu lado, mas alguns reconhecem que de facto vai ser um jogo bastante renhido, que eles reconhecem a qualidade do futebol praticado por Moçambique, já viram noutras paragens por onde Moçambique passou e os resultados que conseguiu, e neste momento Moçambique também está numa posição cimeira a estas alturas, portanto não vai ser um jogo fácil, mas para nós sempre dizemos que o jogo de futebol é mais um momento de amizade, de solidariedade

PAÍTO MUCUANE – Vice-presidente da FMF para selecções

É sabido que a selecção nacional vai realizar o jogo amanhã, sendo distante daqui onde nós estamos, temos cerca de cento e tal quilómetros até o local do jogo, e aquilo que a equipa técnica apresentou como proposta é que nós amanhã, depois do pequeno almoço, vamos seguir a viagem para ficar num hotel perto do local do jogo, e que vai permitir que os jogadores possam descansar, almoçar, depois descansar até a hora do jogo, e esse é o programa que o mister apresentou, e nós hoje vamos ter uma equipa que vai avançar já para o local, de modo que possa preparar toda a logística para que os jogadores, amanhã, quando chegarem ao local do jogo, nesse caso vai estar perto do estádio, esteja tudo já resolvido. E aproveitar essa oportunidade também para agradecer a presença aqui do nosso embaixador, que tem sido fundamental naquilo que é a nossa organização, tem nos ajudado bastante, e isso nos deixa de facto bastante orgulhosos e felizes, e saber que nós não estamos sozinhos. Estamos fora de Moçambique, mas temos pessoas do governo que estão aqui conosco, o nosso Secretário Permanente também está, veio exatamente para assistir este jogo, trazer aquele que é o calor do povo moçambicano, para que na terça-feira de facto possamos ter um bom resultado, que passa por pontuar aqui e vamos continuar a acreditar naquilo que é o sonho de todos os moçambicanos, que é participar no Campeonato do Mundo. Nós já estamos a entrar em contacto com a Federação Argelina, já solicitamos esses bilhetes, a Federação da Argelina tem sido flexível nesse tipo de situação, já acreditamos que vai poder nos ajudar para que estes moçambicanos possam ser o 12º jogador para poder apoiar a selecção nacional.

JÚLIO MENDES – Secretário Permanente do MJD

É um momento importante para nós como moçambicanos e estamos aqui para dar a nossa força para que eles continuem a fazer esta caminhada muito triunfal que está a acontecer. Estamos convictos que eles irão dar tudo para que tenham um bom resultado, e nós todos como moçambicanos estamos com esta esperança de que eles façam um bom trabalho. O povo moçambicano está com eles todos, o povo moçambicano está com a nossa selecção. É esta mensagem que o nosso Governo quer transmitir e é essa a razão da nossa presença aqui, para que eles sintam-se confortados, que estão todos com eles, e nós também estamos a torcer para que as condições de trabalho, tudo aquilo que essa selecção precisa, esteja em condições para que nós possamos continuar a caminhar como tem estado até agora. 

Moçambique alcança a melhor classificação de sempre numa fase de qualificação para o Mundial. Os Mambas, que partilham a liderança do Grupo G com a Argélia, ambos com 12 pontos, e Cabo Verde são as únicas selecções dos Países de Língua Oficial Portuguesa, PALOP, bem posicionadas na corrida à comeptição planetária.

A selecção nacional está a viver um dos melhores momentos no histórico de qualificações para o Campeonato do Mundo. Pela primeira vez, os Mambas alcançam um lugar de topo ao nível de grupos, numa fase de qualificação para a prova. 

Com 12 pontos, os Mambas partilham a liderança do grupo G com a Argélia, adversário que vai enfrentar, esta terça-feira, em jogo da sexta jornada. À entrada desta ronda, Moçambique soma quatro vitórias e uma derrota, curiosamente diante dos argelinos. 

Ao nível dos Países de Língua Oficilal Portuguesa, PALOP, além de Moçambqiue, Cabo Verde é selecção mais bem posicionada, liderando o Grupo D com 10 pontos.  

Os jogadores dos Mambas estão confiantes na vitória contra a Argélia nesta terça-feira. Os atletas consideram que a união dentro do campo podrá ser determinante para se  alcançar um bom resultado.

A selecção nacional efectuou a segunda unidade de treino na Argélia antes do jogo desta terça-feira. A partida contra os argelinos é de importância capital importância e os jogadores estão confiantes num bom resultado.

“Temos trabalhado para crescer a cada jogo, principalmente em África, porque não é equipa menos boa, todas equipas criam dificuldade. Nós estamos aqui também para criar dificuldades a Argélia e ter um bom resultado”, disse Bruno Langa, jogador dos Mambas.

Bruno Langa acrescenta ainda que a união será determinante para se alcançar a vitória.  “Temos um grande grupo de jovens e estamos todos juntos   e demonstramos isso a cada jogo  e a cada jogo temos puxamos um pelo outro”.

Os Mambas vão efectuar mais uma unidade de treino antes do jogo, que está marcado para às 22 horas de Moçambique.

 

A selecção nacional de futebol já se encontra em Argel, para o embate de terça-feira diante da Argélia. À sua chegada à capital argelina, os Mambas foram recebidos pelo Embaixador moçambicano naquele país.

O jogo diante do Uganda, em que os Mambas venceram por 3-1, fica para trás. Foi uma vitória que coloca o combinado nacional ainda na rota do Mundial-2026.

Esta sexta-feira, a delegação moçambicana chegou a Argel para preparar o jogo de terça-feira, e foi recebido pelo embaixador moçambicano na Argélia, Eduardo Namburete, que garantiu muito apoio aos Mambas.

“Estamos extremamente esperançados. Esperamos que a mesma energia que tivemos no Egipto, vamos continuar com essa energia aqui e prometemos também os nossos aplausos, os nossos apitos, o apoio dos moçambicanos residentes aqui na Argélia e também da comunidade do país da SADC, que já manifestaram seu interesse em apoiar a nossa selecção durante esse jogo”, disse.

Namburete esclareceu que são esperadas cerca de 500 adeptos a apoiarem os Mambas na Argélia. “Fundamentalmente são estudantes moçambicanos aqui na Argélia, mas para além dos estudantes moçambicanos e outros moçambicanos residentes, temos o apoio da comunidade dos países da SADC. No total, esperamos ter cerca de 400, 500 pessoas aplaudidas a favor do moçambicano”, confirmou o embaixador moçambicano na Argélia.

Namburete diz que os adeptos que vão apoiar os Mambas acreditam que é possível chegar ao Mundial do próximo ano. “Essa é a crença que todos nós temos e esse apoio dos adeptos da SADC, de facto, é uma demonstração do carinho que tem por Moçambique e a vontade de ver um dos países da região a atravessar este mar e chegar ao Mundial”.

Chiquinho Conde também acredita na qualificação ao Mundial, mas prefere estar com os pés bem assentes no chão. Sem debandar, o Conde dos Mambas diz que o jogo diante da Argélia é para desfrutar.

“Vamos concentrar-nos naquilo que são as nossas tarefas, acreditar sempre no nosso processo, porque é isso que nos levou até aqui, o nosso sonho continua intacto, mas sabemos que vai ser uma tarefa árdua e queremos estar à altura deste mesmo acontecimento. Sabemos perfeitamente que a Argélia, desde o início, é a candidata número 1 deste grupo, mas nós estarmos na mesma situação de igualdade em termos pontuais, o tudo pode acontecer. Vamos divertir-nos, não agarrarmos nisto como uma grande responsabilidade ou como se fosse de vida ou morte, mas vamos desfrutar e só assim é que nós podemos conseguir um bom resultado”, argumentou.

Os Mambas, que chegaram com um dia de antecedência em relação aos donos da casa, realizaram este sábado o primeiro treino em solo argelino e os jogadores já projectam o embate de terça-feira.

Os Mambas são co-líderes do grupo G em igualdade pontual com a Argélia, com 12 pontos cada, e o jogo de terça-feira vai ditar o líder isolado.

A faculdade de Educação Física da Universidade Pedagógica, a Escola Superior de Ciências do Desporto da Universidade Eduardo Mondlane e o Instituto Médio do Desporto e Educação Física representaram o país 20º Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Oficial Portuguesa, que decorre em Campinas, Brasil.

O evento, que decorreu de 19 a 21 de Março, contou com a participação de 560 investidores da lusofonia, nomeadamente de Brasil, Portugal, Moçambique e Angola.

A reunião da Comissão Científica do Congresso aprovou a cidade de Manaus, na Universidade Federal do Amazonas, como palco do próximo congresso, em 2026, enquanto a cidade de Luanda, em Angola, foi aprovada para acolher o Congresso de 2028, na Universidade Agostinho Neto.

O Congresso de Campinas, São Paulo, teve como lema “Descriminação na educação física e desporto a partir de diferentes perspectivas”.

Quatro equipas estão na rota da final do campeonato provincial ao nível da cidade de Maputo, equipa que vai defrontar o Ferroviário na final da prova. Os jogos da última jornada da fase de grupos disputam-se este sábado nas duas séries. Ferroviário, pela série A, e Costa do Sol, pela série B, ficam de fora nesta jornada.

Com a situação da Série A já definida em relação ao finalista, as atenções da última jornada da fase de grupos do campeonato provincial de futebol da cidade de Maputo, a Liga Jogabets, estão viradas para a série B, onde quatro equipas lutam pela vaga, nomeadamente Costa do Sol, Maxaquene, Desportivo e Ntsondzo, separadas por dois pontos, do primeiro ao quarto classificado.

Para esta última jornada, duas equipas jogam entre si, nomeadamente Ntsondzo e Maxaquene, num jogo em que o vencedor estará mais próximo de disputar a final, uma vez que vai somar mais pontos que o actual líder da série.

Os “tricolores” são favoritos a vencer, até porque estão na frente da pontuação, com 11 pontos, contra nove do seu adversário, mas terá que provar em campo o seu favoritismo. O Ntsondzo tem a desvantagem de não ter derrotado nenhum adversário dos grandes, nomeadamente Costa do Sol e Desportivo, e quer aproveitar esta partida para fechar da melhor forma a prova.

O Desportivo, por seu turno, tem a possibilidade de chegar a final dependendo de terceiros. Os “alvi-negros” defrontam as Águias Especiais lanternas vermelhas da série sem nenhum ponto e, claramente favorito a sair com os três pontos.

Mas claro está, terá que depender do jogo entre Maxaquene e Ntsondzo, esperando que termine em empate, ou mesmo com vitória do Ntsondzo, em caso de vitória no seu jogo.

O Costa do Sol, líder á entrada para esta jornada, tem muitas poucas possibilidades de chegar à final, uma vez que mesmo que o Desportivo  e o Maxaquene percam, o Ntsondzo é que se qualifica à final, ou mesmo em caso de empates nos dois jogos, os “tricolores” é que se qualificam.

Os dois jogos vão definir ainda a equipa que vai disputar o jogo de atribuição do terceiro lugar, que no caso será a que terminar na segunda posição.

Pela série A a disputa nesta jornada é para o segundo classificado, a equipa que vai defrontar o segundo colocado da série B, na luta pelo terceiro lugar da competição.

Liga Desportiva e Mahafil, ambos com nove pontos, e Black Bulls com sete, são as equipas que estão nesta luta, uma vez que nenhuma delas alcança mais o Ferroviário, líder invicto com 18 pontos em seis jogos.

O detentor do troféu, Black Bulls, luta pelo segundo lugar com a Liga Desportiva, num jogo em que o vencedor termina em segundo lugar, caso o Mahafil não vença no jogo que terá diante do Matchedje.

A final da prova, a nível da cidade de Maputo, será disputada no dia 29 de Março corrente.

A selecção nacional de futebol venceu a sua congénere do Uganda por 3-1, em partida da quinta jornada do grupo G de qualificação ao Mundial-2026, assumindo de forma isolada, ainda que de forma condicional, a liderança do grupo, com 12 pontos, uma vez que a Argélia só joga esta sexta-feira. Pepo foi o homem do jogo ao apontar dois golos e fazer uma assistência, numa partida em que na segunda parte os Mambas geriram o esforço, já a pensarem no jogo da terça-feira, diante dos argelinos

Uma vitória tranquila, uma liderança tranquila e um sonho bem vivo, é o estado actual da selecção nacional de futebol, depois do jogo desta quinta-feira, diante do Uganda, disputado no Estádio Internacional de Cairo, no Egipto.

Um herói suspeito apareceu na partida frente ao Uganda, a mostrar que chegou para se impor na equipa. Trata-se de Pepo, que marcou dois golos e deu uma assistência, sendo, por isso, a melhor unidade dos Mambas na partida.

“ONZE” DE CHIQUINHO CONDE SEM SURPRESAS

Chiquinho não surpreendeu nas escolhas dos jogadores que fizeram parte da equipa inicial, apresentado aqueles que estavam as expectativas dos amantes e seguidores dos Mambas.

Ernan, sempre ele, foi o eleito para a baliza, com um quarteto formado por Infren na direita, Bruno Langa, que estava em dúvidas a entrar para a esquerda, Reinildo, o capitão e Chamboco, a fazerem a dupla de centrais.

Contrariamente a uma dupla de pivôs, Chiquinho Conde preferiu colocar três jogadores na zona intermediária, nomeadamente Guima, Pepo e Alfonso Amade, com Gildo e Geny Catamo nas laterais e Stanley Ratifo a ser o mais adiantado da selecção nacional.

Foi, do resto, uma equipa equilibrada em todos os sectores, que conseguiu manter-se firme, com transições seguras, um ataque mortífero, uma defesa segura e um meio campo de luxo, a dar toda garantia de um futuro tranquilo nos Mambas.

ENTRAR A MARCAR, SOFRER, E MARCAR DE NOVO

Ainda era fase de conhecimento mútuo quando Gildo perdeu a oportunidade de marcar, na cara do guarda-redes, a permitir a intervenção de um defesa, que desvia para canto. Pepo foi lá e num momento de inspiração marcou um golo olímpico, aos quatro minutos, estreando-se a marcar pelos Mambas.

Sol de pouca dura porque dois minutos depois, num livre da direita, Shaban aparece a desviar o cruzamento para o fundo das malhas. Tudo igual, antes dos 10 minutos.

Mas Pepo estava em dia sim e de pé quente, e voltou a colocar os Mambas novamente na frente do marcador, ao aproveitar um cruzamento de Gildo para desviar. O guarda-redes do Uganda esteve mal na fotografia.

Aos 37 minutos os Mambas passaram a jogar em superioridade numérica, depois que Denis  Omedi viu o cartão vermelho, por acumulação, depois de ter sido admoestado com o amarelo numa falta sobre Alfonso Amade e depois sobre Geny Catamo.

Moçambique estava mesmo a jogar em casa, ainda que emprestada, uma vez que fechou a primeira parte tal como entrou, com golo, desta vez de Stanley Ratifo, após assistência de Pepo, a encontrar desprevenida a defesa adversária.

3-1 ao intervalo, para a selecção que foi mais adulta e que mais procurou a vitória em campo.

SEGUNDA PARTE PARA SEGURAR O RESULTADO E MANTER O RITMO

Na segunda parte os Mambas continuaram fortes e podiam ter ampliado o marcador, mas Gildo Vilankulo teve pé torto e desviou para fora. Uganda aproveitou para acordar e enviou uma bola ao travessão, a estremecer o combinado nacional.

Reinildo ainda quis dar o ar da sua graça, num remate acrobático, mas não teve a sorte desejada, tal como não teve o capitão ugandês num remate fortíssimo de fora da área, a ver Ernan brilhar nos postes.

A fechar a partida foi Chamboco a salvar os Mambas de sofrerem um golo, quando deu o corpo, aliás, a cabeça, às balas e evitar o mal.

O jogo terminou com uma vitória tranquila dos Mambas, a isolar-se na tabela classificativa, à espera agora do resultado entre Botswana e Argélia, desta sexta-feira, para depois começar a pensar no jogo de terça-feira.

Vitória à parte, agora é desfrutar e descansar, antes da partida para Argélia, para retomar a preparação no sábado, para o jogo do dia 25.

+ LIDAS

Siga nos