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Reino Unido já se despediu de Isabel II

O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, participou das cerimónias fúnebres junto a muitas personalidades globais que foram dar o último adeus à Rainha Isabel II.

Foi às 19h30, de hoje, que a família real se despediu de Isabel II numa cerimónia privada de enterro na Capela de São Jorge, em Windsor. As câmaras de televisão não estiveram presentes neste momento privado, em que a monarca foi enterrada junto do marido, o príncipe Filipe. Isabel II é a 11.ª soberana a ser enterrada na Capela de São Jorge, na mesma cripta do pai, o rei Jorge VI, a rainha-mãe e a irmã, a princesa Margarida.

No final da cerimónia na Capela de São Jorge, a coroa imperial, o orbe e o ceptro de Isabel II foram removidos do topo do caixão e colocados no altar da igreja pelo deão de Windsor, David Conner. Depois, o novo rei Carlos III colocou uma bandeira por cima do caixão da mãe. O lorde Chamberlain, Baron Parker, representante da casa real junto do Governo, marcou então oficialmente o fim do reinado mais longo da história britânica. No fim, ao som da gaita-de-foles, Carlos foi proclamado rei e líder da Commonwealth, enquanto o caixão era baixado para a cripta real.

Antes, milhares de pessoas encheram as ruas e atiraram flores à passagem do cortejo fúnebre de Isabel II. Com a típica pompa da monarquia britânica, a soberana desaparecida a 8 de Setembro foi homenageada na abadia de Westminster, no centro da capital, e na capela de São Jorge, em Windsor, onde repousa.

Ao longo dos últimos dias, milhares de pessoas homenagearam Isabel II. Há 25 anos, a morte da princesa Diana representou um forte abalo na monarquia britânica: inicialmente, a reacção de Isabel II não foi compreendida pela população, mas a monarca conseguiu reverter a situação.

No momento religioso, o deão de Windsor começa por lembrar a fé de Isabel II e o seu compromisso inabalável para com o Reino Unido e os países que compõem a Commonwealth, mas também para com a sua família, amigos e vizinhos.

“No nosso mundo em rápida mudança e muitas vezes conturbado, a sua presença calma e digna deu-nos confiança para enfrentar o futuro, tal como ela fez, com coragem e esperança”, afirmou o deão.

 

LONDRES ENCHEU-SE DE LÍDERES MUNDIAIS PARA O FUNERAL DE ISABEL II

Da família real espanhola à família real sueca. Londres começou a encher-se de monarcas, mas também de centenas de Chefes de Estado, de Governo e de representantes diplomáticos.

Foram todos para o funeral da Rainha Isabel II, acontecido ontem. A Abadia de Westminster recebeu, na manhã desta segunda-feira, dois mil ilustres convidados. À família de Isabel II em peso juntaram-se membros de outras famílias reais e políticos de todo o mundo.

O presidente dos EUA, Joe Biden, foi um dos que assinou o livro de condolências e partilhou algumas memórias.

“Quando a rainha nos levou ao castelo para tomar chá, ela ofereceu-nos bolos, mais e mais, e eu comi tudo o que ela pôs à minha frente. Mas ela era exatamente a mesma pessoa à imagem dela própria: decente, honrada e atenta ao dever”, sublinhou o presidente dos EUA.

Charles Michel, o presidente do Conselho Europeu, ou Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, também passaram por Westminster, para prestar uma última homenagem a Isabel II.

Emmanuel Macron, o presidente francês, foi despedir-se de “uma amiga de França” junto à esposa, Brigitte Macron.

Como ele, também passaram por Westminster o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

A representar a Irlanda, estiveram o Presidente, Michael Higgins, e o Primeiro-ministro, Micheál Martin.

Deram igualmente um adeus definitivo à rainha o Primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, e a primeira-dama, Olena Zelenska.

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