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Daniel Chapo: “Estamos a trabalhar para cumprir as recomendações da CAF”

Foto: O País

O governador de Inhambane, Daniel Chapo, diz que há um trabalho bastante avançado para que Vilankulo acolha, de 21 a 28 de Outubro, o Campeonato Africano de Futebol de praia. Chapo diz ainda que tudo leva a crer que, em 20 dias, o país vai cumprir as recomendações deixadas pela CAF aquando da inspecção feita no dia 12 de Setembro.

A inspecção da Confederação Africana de Futebol (CAF) não podia ser mais clara: Moçambique tem até dia 30 de Setembro para concluir as obras da Arena de Vilankulo, palco dos jogos do Campeonato Africano de Futebol de Praia.

É que, da inspecção, a penúltima, por sinal, feita no passado, a 12 de Setembro, constatou-se que as obras estavam atrasadas, pelo que a equipa CAF deixou ficar algumas recomendações que passam pela conclusão dos dois campos de futebol, finalização das bancadas, assim como a montagem de tendas para albergar as salas de reuniões e de imprensa.

Mas há mais: o Comité Organizador do Campeonato Africano de Futebol tem um prazo de 20 dias, a contar de 12 de Setembro, para pavimentar as zonas de acesso aos atletas, ao público e a personalidades convidadas, bem como arrelvar a zona circundante da arena.

O palco dos jogos, onde as estrelas de pés descalços vão proporcionar espectáculo aos demais que se fizerem presentes à turística cidade de Vilankulo, deverá ter balizas de metal e não de ferro, como as que estavam montadas até ao dia 12 de Setembro, data em que foi feita a inspecção, e assim como devem ser instalados painéis publicitários e marcadores electrónicos.

Tiraram-se notas, claramente, e lançou-se o desafio de se correr contra o relógio para viabilizar a realização, pela primeira vez na história do país, do Campeonato Africano de Futebol de Praia. Ciente de que esta é uma montra para vender a imagem de uma nação com talentos quanto bastem e destinos turísticos de excelência, o Governo Provincial e o de Vilankulo mobilizaram fundos para cobrir os 20 milhões que a organização reclama para a conclusão das obras da arena. O facto foi confirmado, ontem, ao “O País” pelo Governador de Inhambane, Daniel Chapo.

“Nós, neste momento, já estamos a trabalhar com a Federação Moçambicana de Futebol, Secretaria de Estado do Desporto, incluindo o Ministério da Economia e Finanças, para que possamos cumprir os 20 dias que foram dados pela CAF para realizarmos o Campeonato Africano das Nações de Futebol de Praia em Vilankulo”, assegurou Daniel Chapo.

Conforme fez saber o dirigente, perto de 20 milhões de Meticais é tudo quanto necessita a organização da competição para responder às recomendações deixadas segunda-feira, 12 de Setembro, pelos inspectores da CAF no âmbito da vistoria realizada às instalações que acolherão a prova continental de 21 a 28 de Outubro do ano em curso.

Há dias, o presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, disse que eram necessários cerca de 20 milhões de Meticais para a organização poder cobrir as recomendações feitas pela CAF. Sobre o “défice” anunciado pela Federação Moçambicana de Futebol, que caiu como uma bomba no seio do desporto e alarmou meio mundo, o governador de Inhambane disse que se tratava apenas de recomendações técnicas deixadas pela CAF e não propriamente de atrasos.

“Houve constrangimentos que levaram a isto. Mas estamos a trabalhar para que os 20 dias possam ser transformados. É possível que o empreiteiro trabalhe de dia e de noite para que possamos cumprir. Não foi um atraso, propiamente dito, das obras. Mas algumas recomendações técnicas que foram deixadas”, explicou o dirigente.

A finalizar, o governador de Inhambane frisou que “tendo recursos financeiros disponíveis em vinte dias, é possível e estamos a trabalhar neste momento na mobilização de recursos para que possamos cumprir as recomendações deixadas e possamos garantir a organização deste campeonato africano de futebol de praia”.

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