O Presidente da República desafia o novo director-geral do SISE a indetificar, de forma clara e concreta, a origem do terrorismo, os mandantes e as ligações internas e externas, de modo a eliminar-se o crime do solo pátrio.
Depois de sete meses vazio, o cargo de director-geral do Serviço de Informações e Segurança do Estado, SISE, foi ocupado nesta quarta-feira, por José Pacheco, sobre quem recai a responsabilidade de resgatar o prestígio de uma organização que se antecipa aos crimes.
Durante a cerimónia de empossamento, Daniel Chapo desafiou o SISE a combater o terrorismo a partir da sua origem.
“É preciso chegar ao âmago da questão, trabalhar para, de uma ou de outra forma, encontrar-se soluções. Chegar ao âmago da questão significa identificar, de forma clara e com provas concretas, os mandantes, os líderes, as fontes de financiamento, a origem do terrorismo, os seus objectivos, as motivações, os operativos, as suas ligações internas e externas e o seu modus operandi a vários níveis, para que as outras forças façam o seu trabalho com os detalhes necessários e as instâncias judiciais cumpram o seu papel, para que este fenómeno passe, um dia, para a história”, disse Daniel Chapo.
O Presidente da República desafiou ainda o novo timoneiro da secreta moçambicana a olhar para dentro e expurgar o que chamou de infiltrados.
“Estamos a transmitir a mensagem de que este é o momento certo para acabar com o sentimento de impunidade e desmantelar toda a teia de práticas nocivas, que prejudicam o desempenho da instituição. Queremos resgatar o prestígio do SISE, que volte a ser aquela casa que todos respeitam, temem, cuja robustez de segurança é inquestionável e integridade inegociável. A nossa Independência, a nossa integridade territorial, a nossa soberania não têm preço e não se negociam.”
José Pacheco, que ocupou, entre outros cargos, o de ministro do Interior entre 2005 e 2009, diz estar preparado para cumprir as ordens.
Ainda nesta quarta-feira, Daniel Chapo empossou Leonilda Sanveca Muatiacale, como vice-reitora da Universidade Pedagógica de Maputo, e os assessores do Presidente da República, responsáveis por aconselhar o Chefe de Estado em domínios estratégicos de governação.