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Custo de vida subiu 8,23% em Maio passado

A inflação anual aumentou 8,23% em Maio deste ano, quando comparado ao período homólogo de 2022. Dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que as divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes foram as que tiveram maior subida de preços.

Os preços dos principais produtos têm vindo a disparar, e as análises do Instituto Nacional de Estatística mostram, no seu Índice de Preços ao Consumidor, referente ao mês de Maio, que, apesar de o preço dos combustíveis não ter observado nenhum reajuste em alta nos últimos quatro meses, o custo de diversos bens e serviços subiu consideravelmente. De Abril a Maio, por exemplo, a variação foi de 0,39%, quando comparado com a mesma época de 2022.

Ainda nesta variação, a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas destacou-se com uma subida de cerca de 0,46 pontos percentuais (pp) positivos.

“Analisando a variação mensal por produto, é de destacar a queda dos preços do tomate (4,5%), do coco (14,5%), do milho em grão (7,1%), da couve (7,8%), da gasolina (1,1%), da alface (7,2%) e do repolho (9,2%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,54pp negativos”, avança o Índice de Preços no Consumidor do INE.

O documento realça que alguns produtos, com destaque para a cebola, o gasóleo, os cortinados e cortinas, o jogo completo de sofás, os telemóveis, as refeições completas em restaurantes e as cadeiras, que contrariaram da tendência de descida de preços.

“Alguns produtos com destaque para a cebola (12,5%), o gasóleo (4,9%), os cortinados e cortinas (23,3%), o jogo completo de sofás (4,8%), os telemóveis (2,1%), as refeições completas em restaurantes (0,3%) e as cadeiras (2,3%), contrariaram a tendência de queda de preços, ao contribuírem com cerca de 0,21pp positivos no total da variação mensal”, revela o INE.

Analisando a variação mensal pelos oito centros de recolha, que serviram de referência para a mudança de preços do país, nota-se que, em Maio findo vê-se que todas as cidades tiveram uma variação positiva face ao mês de Março.

“A Província de Inhambane destacou-se com a queda de 0,75%, seguida das Cidades de Tete com 0,69%, de Quelimane com 0,68%, de Xai-xai com 0,50%, de Chimoio com 0,37%, de Maputo com 0,35%, da Beira com 0,14% e de Nampula com 0,08%”, avançou o Instituto Nacional de Estatística.

Quanto à inflação homóloga, o Índice do Preço ao Consumidor revela a subida do custo de vida em 8,23%, tendo as divisões de transporte, de alimentação e bebidas não alcoólicas se destacado nas variações em alta de preços.

“As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Transportes, foram as que tiveram maior aumento de preços ao variarem com 14,07% e 10,67%, respectivamente”.

Ainda na mesma variação, consta do relatório do Instituto Nacional de Estatística que a província de Inhambane teve, mais uma vez, o maior aumento do nível geral de preços, com cerca de 11,85%. Chamaram atenção, também, as “Cidades de Tete com 10,66%, de Quelimane com 10,61%, de Chimoio com 8,17%, da Beira com 7,82%, de Maputo com 7,37%, de Xai-xai com 6,30% e de Nampula com 5,94%”, avança a nota do INE.

Já na variação acumulada, os dados do mês em análise indicam que o país registou um aumento de preços na ordem dos 3,16%. As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Transportes, tiveram maior aumento de preços ao contribuírem com 2,11pp e 0,28pp positivos, respetivamente.

“Analisando a variação acumulada por produto, importa destacar o aumento dos preços do tomate, da cebola, dos transportes semi-colectivos urbanos e suburbanos de passageiros, da alface, do feijão manteiga, da farinha de milho e do amendoim. Estes comparticiparam com cerca de 1,97pp positivos no total da variação acumulada”, conclui o INE.

De Janeiro a Maio deste ano, “A Província de Inhambane teve o maior aumento do nível geral de preços com cerca de 6,38%, seguida das Cidades de Tete com 4,88%, de Quelimane com 4,75%, de Maputo com 3,36%, de Chimoio com 1,86%, de Xai-xai com 1,59%, da Beira com 1,51% e de Nampula com 1,46%”.

No geral, a inflação aumentou de forma significativa no mês de Maio passado. Essa tendência ascendente dos preços tem impacto directo nos consumidores em todo o país.

Esse aumento no custo de vida em Maio de 2023 coloca pressão adicional sobre as famílias moçambicanas, que já enfrentam desafios económicos. O aumento dos preços dos alimentos e dos serviços básicos pode afectar negativamente o poder de compra das famílias de baixa renda, dificultando o acesso a itens essenciais.

Refira-se que, em Abril deste ano, a inflação anual foi de 9,61%, quando comparado ao período homólogo do ano passado, tendo as divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes registado, na altura, maior subida de preços.

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