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Na próxima sexta-feira, o músico Cheny wa Gune vai apresentar o concerto M’Saho, a partir das 20 horas, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), na Cidade de Maputo.

O espectáculo musical, de acordo com o comunicado de imprensa do Centro Cultural Franco-Moçambicano, vai oferecer uma viagem imersiva pelas tradições do povo chope, em que a timbila, em fusão com instrumentos modernos, cria uma experiência única de celebração da cultura moçambicana.

Membro fundador da banda Timbila Muzimba e líder do Cheny Wa Gune Quarteto, Cheny é conhecido pela sua abordagem inovadora da música tradicional.

O concerto musical promete ser uma performance poética e dançante, com o público convidado a participar de forma espontânea, criando um ambiente único e imersivo.

Para tornar a noite ainda mais especial, o concerto contará com convidados surpresa, prometendo momentos emocionantes e inesperados, adianta a organização.

O escritor Aurélio Furdela vai apresentar, próxima sexta-feira, às 18 horas, o seu mais recente livro, “Zero sobre Zero, o espião que veio de Kigali’’, no África Tropical, na província de Inhambane.

O  romance policial de Aurélio Furdela se estrutura em quatro capítulos e um epílogo. 

O primeiro capítulo, (Período Tarde), apresenta os personagens e o cenário onde decorrerá a investigação. No segundo capítulo, (Período Noite), a trama começa a ser construída. No terceiro capítulo (Período Manhã), a investigação ganha momentum. No capítulo IV (Período Tarde), os fios de meada entrelaçam-se, por fim, deixando vislumbrar o perfil do indivíduo por detrás de todos os crimes em investigação. O epílogo é a parte final do romance.

Para Gabriel Muthisse, prefaciador da obra, Moçambique não tem tradição no policial. “Aurélio Furdela é um pioneiro desta forma de prosear, o que é mais interessante ainda se consideramos que a prosa literária, no geral, também está na sua infância’’, pode’se ler ainda no comunicado de imprensa: “…o espião ruandês, neste livro, não é neutralizado. Aliás, tudo indica que ele logra levar a cabo outra acção malévola…’’.

Aurélio Furdela é autor das seguintes obras literárias: “De medo morreu o susto’’;  “O golo que meteu o árbitro’’; “As hienas também sorriem’’; “Saga d’Ouro”.

O escritor está representado nas antologias “Lusofônica la nuova narrativa in língua portoghese” (2005), com o conto “Da mocidade à velhice de lacrina”, traduzido para italiano e “A minha Maputo” (2012), com o conto “Um homem com 33 andares na cabeça”, também inserido na revista brasileira Macondo. Como dramaturgo escreveu e publicou várias peças originais para o programa de teatro radiofónico “Cena Aberta”, da Rádio Moçambique, nas quais destaca-se “Gatsi Lucere”, publicada posteriormente em livro pela AMOLP, 2005. Autor de duas radionovelas, no âmbito do programa N’weti. 

Como letrista, salienta-se da sua lavra a autoria da canção oficial da X Edição do Festival Nacional da Cultura -2018.

 

 

O empresário e promotor de eventos, Júlio Pedro Sitoe, mais conhecido por Julinho, do Complexo Big Brother, foi eleito, por unanimidade e aclamação, Secretário-Geral da Associação de Empresários, Promotores de Eventos e Espectáculos (ADEPEE), em substituição de Litho Sitói.

Segundo um comunicado de imprensa, a eleição dos novos órgãos sociais da Associação de Empresários, Promotores de Eventos e Espectáculos aconteceu na Assembleia-Geral da agremiação, realizada no passado dia 6 de Fevereiro, em Maputo.

Júlio Pedro Sitoe é coadjuvado pelo promotor de eventos e músico Roberto Isaías, que fez parte da anterior direcção. Na mesma sessão, foram eleitos como vogais, Fayaz Hamide (DJ Faya), Dánio Carimo, Lucinda Mocumbi, Jelton Sitói, DJ Dilson e Mito Gulamo.

Para a Mesa da Assembleia Geral, foram eleitos Aurélio Maússe (Presidente), Alberto Niquice (Vice-Presidente) e Arsénio Sérgio (Secretário).
Já o Conselho Fiscal é composto José Abdul (Presidente), Zaina Assina Badrudine Alide Mustafá (Vice-Presidente) e Abdul Cadre Chitará (Relator).

Tendo em conta que o Governo, no seu Plano Estratégico da Cultura, privilegia iniciativas que concorrem para a promoção de actividades culturais e turísticas, a ADEPPE quer contribuir com a estruturação da Indústria de eventos e espetáculos, com o objectivo de fortalecer os promotores com vista a aumentar e melhorar as suas produções para maior geração de renda e emprego na Indústria Cultural Criativa (económia criativa).

A Associação dos Empresários, Promotores de Eventos e Espetáculos é uma agremiação sem fins lucrativos, com personalidade jurídica, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, independente dos órgãos do Estado, sendo livre e autónomo nas suas regras de funcionamento e reconhecida a 8 de Abril de 2016.

A X-HUB – Incubadora de Negócios Culturais e Criativos tem um programa de incubação artística que iniciou segunda-feira. Direccionado a 20 artistas, o que equivale a cinco bandas nacionais, o programa beneficia criadores de Inhambane, Nampula e Niassa.

A iniciativa da X-HUB visa impulsionar a economia criativa local, proporcionando aos artistas um espaço para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das suas competências.

O programa contará com uma residência artística e formações especializadas, destinadas aos cinco grupos musicais seleccionadas através de um rigoroso escrutínio conduzido por um júri de especialistas, composto por membros indicados pelo Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas – INICC, Centro Cultural Franco-Moçambicano – CCFM, Cooperação Espanhola – AGAPE e músicos moçambicanos renomados, avança a nota de imprensa da X-Hub.

As bandas seleccionadas para a primeira edição do programa de Incubação artística são: Marove, Groove Land e Marimbas, todas de Nampula, Os Kassimbos, de Niassa, e Timbila Groove, de Inhambane.

A incubação artística é uma iniciativa da Khuzula, com o financiamento do fundo Création Africa – Moçambique, da Embaixada de França em Moçambique, em colaboração com o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), e é implementado pela X-HUB.

O conceito central do projecto de incubação artística está focado na criação de um programa de residência criativa que ofereça às bandas moçambicanas a oportunidade de formação em várias disciplinas relacionadas à indústria musical, como: produção musical e técnica, gestão de carreiras e direitos autorais, marketing e promoção.

O programa contará ainda com sessões de mentoria e visitas guiadas aos principais espaços culturais do país, que acolhem grandes festivais de arte, como o Festival Azgo.

A formação surge com o objectivo de proporcionar acesso a recursos educacionais e formação específicas que possam impulsionar o crescimento e projecção das bandas nacionais no mercado musical, tanto nacional como internacional.

A segunda fase do projecto inclui uma residência artística, com duração de 30 dias, a decorrer na cidade de Maputo, e que incluirá uma série de formações técnicas e artísticas.

No âmbito das actividades dos Sábados das Crianças, os centros culturais Franco-Moçambicano (CCFM) e Moçambicano-Alemão (CCMA) realizam um workshop de desenho orientado por Nuno Silas, para crianças dos 6 aos 12 anos, a ter lugar na sala de exposições do CCFM, na Cidade de Maputo, no dia 15 de Fevereiro, às 10h30.

Na oficina, os pequenos participantes vão aprender a observar e recriar o que vêem ao seu redor, explorando formas, cores e texturas de maneira lúdica e criativa.

Com técnicas acessíveis e orientadas, cada criança poderá desenvolver o seu próprio estilo e descobrir novas formas de expressar a imaginação.

Nuno Silas, artista visual moçambicano, é o autor da exposição que está patente desde esta terça-feira, nas salas de exposições dos centros culturais Franco-Moçambicano e Moçambicano-Alemão, proporcionando uma ligação directa entre a sua obra e a experiência do workshop.

 

Esta quarta-feira, às 18 horas, a Fundação Fernando Leite Couto (FFLC) abre a temporada cultural 2025 com a exposição individual da artista plástica Nelsa Guambe. 

Para FFLC, Nelsa Guambe continua a dialogar com Moçambique através da sua técnica apurada e sensibilidade para penetrar no mais profundo interior da alma humana, olhando para o outro como a si mesma. O que esta exposição intitulada, não ao acaso, “Memórias daqui”, revela, é a sua vontade de interpretar as pessoas e a sociedade à sua volta, através do desenho e pintura, sugerindo outras imagens para além do que realmente se vê.

“Nos retratos de mulher de enormes olhos deslumbrados Nelsa procura encontrar, em cada olhar, o sítio ideal para criar fantásticas e excitantes fantasias. Essas mulheres são como que um reportório de sentimentos, pensamentos e humores particulares. Nelsa utiliza a sua arte para explorar a multiplicidade da identidade feminina. Nos retratos que ela cria, há uma fusão entre o pessoal e o universal, onde cada rosto reflecte traços da sua própria essência, mas também da diversidade que compõe o feminino”, lê-se na nota de curadoria.

Como se procurasse atribuir um outro sentido à vida, enquanto escuta e interpreta a angústia, o sonho, o desejo, a doença e a cura, as vaidades, simplicidades, mas também o mistério e a transfiguração da paisagem onde os seres se colocam.

A curadora Yolanda Couto analisa que a obra de Nelsa Guambe convida o observador a contemplar a complexidade da aparência feminina, que não se limita a estereótipos fixos ou controláveis. “Em vez disso, essa identidade feminina emerge como fluida, dinâmica e surpreendente, especialmente para aqueles que têm a coragem de se aprofundar em seus próprios mundos interiores”.

SOBRE A ARTISTA

Nelsa Guambe (1987, em Chicuque) reside em Maputo e trabalha em áreas multidisciplinares, tais como pintura, ilustração, fotografia, curadoria, produtora e gestora cultural.

É uma artista autodidata que começou a pintar após concluir a licenciatura em Administração Pública e Estudos de Desenvolvimento pela UNISA (Universidade da África do Sul), em 2010. Os seus trabalhos mais recentes, entre outros, representam um diálogo interno sobre vários acontecimentos e emoções pessoais e colectivas.

Realizou várias exposições individuais em Maputo: Associação Moçambicana de fotografia (2015), Centro Cultural Franco Moçambicano (2016), DEAL Espaço Criativo (2019), DEAL Galeria (2022); FNB Johannesburg Art Fair (2022), e participou em exposições colectivas em Moçambique e no estrangeiro, incluindo: Núcleo de Arte, Maputo(2011), Franco Moçambicano Maputo (2012), Galeria Kunstraum – Abertura Maputo (2012), Detmold Lutherische Kirche, Alemanha (2012), Polana Serena Hotel Maputo (2014), 1:54 Contemporary Art Fair, Londres (2019), Latitude Artfair, Johnesburgo, (2019), Cape Town Art fair (2023), Afriart Gallery (Kampala), 2023), Turbine Art Fair, Johannesburg, (2023), Centro Cultural Português, Maputo (2023), IFA-PureGold: Upcycled/upgraded – uma exposição em digressão por uma década (Hanoi, Yangon, Londres, Bangkok, Hamburgo, Brasil, Barcelona). Em 2017 co-fundou o DEAL Galeria, é vencedora do Prémio Nacional de Literatura Infanto-Juvenil na categoria de Ilustração.

No dia 20 de Fevereiro, às 17h30, no Instituto Guimarães Rosa (antigo Centro Cultural Brasil-Moçambique), Cidade de Maputo, a Gala-Gala Edições vai lançar o livro “Blasfêmeas, Sangue e Poesia: Novas Vozes Femininas”, uma antologia que reúne 18 novas vozes da poesia moçambicana como Kaya M, Hera de Jesus e N’wantshukunyani Khanyisani.

Segundo uma nota de imprensa, entre os dias 20 de Julho e 20 de Setembro de 2022, a Gala-Gala Edições recebeu textos para a chamada “Blasfêmeas — Sangue e Poesia”, válida para autoras que ainda não haviam publicado livros (ainda que antologiadas). 

A organização recebeu, ao todo, 96 textos de 32 autoras. 

Os textos seleccionados imaginam o lugar da mulher na sociedade moçambicana e no mundo e denunciam os males que enfrentam.

Para a editora,, a iniciativa visa dar a conhecer o trabalho de novas vozes da poesia escrita por mulheres, para quem, a poesia e a música fizeram sempre parte do seu quotidiano,mas não antes tiveram a oportunidade de publicar em livro. Por isso “BlasFêmeas”, pois “queremos que este seja um acto de heresia, de empoderamento, de liberdade, de pôr as novas poetisas [ou mesmo poetas] a declamarem os seus amores, as suas liberdades, lutas e direitos”.

A antologia, de 104 páginas, homenageia Noémia de Sousa, a “mãe dos poetas” de Moçambique, que, ao longo da sua vida e obra, abriu portas para muitas mulheres (e homens) expressarem as suas verdades e complexidades. Ademais, a publicação celebra a sua influência geracional na literatura, um ano antes do seu centenário (a acontecer em 2026).

O lançamento do livro contará com a apresentação da estudiosa Sara Jona Laisse e será comentada pelo poeta Sangare Okapi.

“Blasfêmeas, Sangue e Poesia: Novas Vozes Femininas” integra a colecção Plural da Gala-Gala Edições.

No âmbito da exposição “Madjoni-Djoni – Retratos de Mineiros e Famílias Moçambicanas na África do Sul”, Nuno Silas, autor da mesma mostra, em colaboração com os Centros Culturais Franco-Moçambicano (CCFM) e Moçambicano-Alemão (CCMA), apresenta e modera a conferência “Migração e Movimentos de Resistência: A Jornada e os Desafios”, que terá lugar no Auditório do CCFM, na Sexta-feira, 14 de Fevereiro, às 11h, antecedida de uma visita guiada à exposição, às 10h.

De acordo com a organização, a conferência visa promover um espaço de reflexão e debate sobre as dinâmicas da migração e as formas de resistência que surgem em contextos de deslocamento, impulsionados por questões económicas, políticas, sociais ou ambientais. Com um olhar atento à migração de moçambicanos e outros africanos, o evento abordará especialmente as formas de resistência associadas a esses movimentos migratórios e suas repercussões culturais, artísticas, literárias e sociais.

Com uma abordagem interdisciplinar, avança uma nota de imprensa, a conferência propõe uma análise dos efeitos e consequências da migração, tanto nos territórios de origem como nos de destino. Artistas, académicos e investigadores das áreas de literatura, música, cinema e antropologia estarão presentes, enriquecendo o debate e trazendo diversas perspectivas sobre os desafios enfrentados pelos migrantes, bem como as formas inovadoras de resistência e adaptação que surgem ao longo do processo.

O evento oferece uma oportunidade para explorar a experiência migratória e reflectir sobre as trajectórias de resistência que marcam a luta pela dignidade, identidade e pertença.

 

O Centro Cultural Franco-Moçambicano foi o local escolhido para a realização da conferência “O Livro em Moçambique – Cadeia de Valores”. A iniciativa do projecto Cultiv’arte está agendada para quarta e quinta-feira

Durante dois dias, o projeto Cultiv’arte vai reunir especialistas do sector editorial para discutir modelos económicos sustentáveis, promover boas práticas e incentivar a colaboração entre os diferentes actores da cadeia de valor do livro em Moçambique.

Com a conferência “O Livro em Moçambique – Cadeia de Valores” pretende-se proporcionar uma plataforma para troca de experiências entre os diferentes intervenientes, com uma programação diversificada, incluindo painéis sobre temas como estrutura editorial, logística e distribuição, além de discussões sobre a educação e a cultura da leitura.

Assim, no primeiro dia da conferência, quarta-feira, logo depois da sessão de boas-vindas dirigida pelo Director do Centro Cultural Franco-Moçambicano, José-Maria Queirós, os editores Dany Wambire (Editorial Fundza), Pedro Pereira Lopes (Gala Gala Edições) e Anne Lima (Edições Chandeigne, Franca) vão reflectir sobre o tema proposto no painel inaugural, das 14h10 às 16h. O painel inclui apresentações individuais e interacção com o público. 

No mesmo dia, das 16h30 às 18h, a Presidente da Associação dos Editores e Livreiros de Moçambique, Sandra Tamele, o Director do Festival Escritaria em Penafiel (Portugal), Tito Couto, e Paulo Guerreiro, da Livraria Conhecimento, vão debater sobre o tema “Logistica e distribuicao”.

Na quinta-feira, último dia, a conferência “O Livro em Moçambique – Cadeia de Valores” vai iniciar às 13h30, com uma apresentação da Catalogus, pelo escritor Mélio Tinga. 

A partir das 14h, será a vez de Susana Damasceno (AIDGLOBAL), Ana Albasini (Projecto Mabuko ya Hina, Escola Portuguesa de Moçambique) e Constance Fleury de la Ruelle (Associação Chapateca) reflectirem sobre a “Educação e sensibilização para cultura da leitura”.

O término da conferência está previsto para 18h, com apresentação das conclusões das discussões. 

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