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A Fundação Hakuna Matata, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações, IOM, realiza a 9 de Maio, concertos de promoção de paz e harmonia em Macomia, na província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

Segundo os organizadores, o evento está inserido no programa de apoio psicossocial desenvolvido para os deslocados internos afectados pelo conflito na região.

A Fundação Hakuna Matata trabalha intensamente na formação de facilitadores locais em diferentes campos de deslocados internos em Macomia. Os facilitadores estão directamente envolvidos na implementação de actividades que visam fortalecer a resiliência da comunidade e promover a paz.

Fernando Bila, líder da missão em Macomia, afirma que os concertos têm como objectivo unir as comunidades, oferecer uma experiência de alívio e esperança, e demonstrar o poder da música e da cultura na construção de pontes para a paz.

Bila acrescenta que os concertos são uma celebração da resiliência e do espírito humano, e um passo crucial no caminho para a paz em Cabo Delgado, uma vez que a música tem um poder único de curar e unir as pessoas, especialmente em tempos de adversidade.

A Fundação Hakuna Matata é uma organização sem fins lucrativos que trabalha em parceria com comunidades e organizações internacionais para promover a saúde mental, o bem-estar e a paz em áreas afetadas por conflitos e crises.

A 11ª Edição do Festival AZGO será marcada por diversas inovações em termos de programação e formato do evento. Pela primeira vez, o mais completo festival de artes de Moçambique apresenta AZGO CAMPING, um programa de acampamento que será implementado no Espaço Multidisciplinar de Cumbeza.

O Festival AZGO, que inaugura uma nova fase na sua história, instalando-se doravante no Município de Marracuene, bairro Cumbeza, pretende gerar novas experiências ao público moçambicano e não só, através de um programa de acampamento que oferece inúmeras vantagens aos campistas/festivaleiros.

De acordo com Renato Macuane, coordenador do Festival AZGO, “estamos a trabalhar a todo o gás para garantir que a zona de acampamento seja acolhedora e responda às expectativas da nossa vasta audiência. Desde que anunciámos este programa, temos recebido solicitações e questões que só revelam o nível de interesse do público por este novo programa do Festival AZGO”.

O Espaço Multidisciplinar de Cumbeza já está a ser preparado para acolher todo o tipo de tendas dos campistas, e já há uma equipa criada para dinamizar e orientar este recém-criado AZGO CAMPING.

“Entendemos que, como primeira edição desta iniciativa, devemos garantir todos os aspectos logísticos e de organização, de modo a conquistar a confiança de quem vai viver e conviver connosco durante pouco mais de dois dias de forma intensa”, acrescentou Renato Macuane.

Refira-se que a 11ª edição do AZGO mantém o orgulho de ser um festival africano e, por isso, o lema será, uma vez mais, “Afrofuturismo”. Aliás, o festival vai premiar o melhor traje africano.

O evento vai contar com a actuação Humberto Luís, Twenty Fingers, a diva do zouk Monique Seka (Costa do Marfim), Nelson e Tânia Chongo, Granmah, De Mthuda (África do Sul), Wazimbo, Bholodja (eSwatini) e Cheny wa Gune (Moçambique).

Os DJ Dilson e DJ V (Moçambique), entre outros convidados a serem anunciados nos próximos dias, vão animar ainda a grande festa do AZGO.

O Centro Cultural Português em Maputo será, às 14h30 desta sexta-feira, o palco da Grande Final da 21.ª edição do Prémio Eloquência Camões.

Este ano, o Prémio Eloquência Camões atraiu a participação de 47 estudantes de diversas universidades e cursos. Após uma rigorosa avaliação dos textos submetidos, baseada na originalidade argumentativa e retórica, o júri seleccionou os 10 finalistas que agora se preparam para a Grande Final.

Entre os dias 29 de Abril e 02 e esta quinta-feira, os finalistas terão a oportunidade de participar numa Oficina de Oralidade, sob a orientação da conceituada actriz Ana Magaia.

A oficina focar-se-á no aperfeiçoamento de técnicas de comunicação oral, preparando os concorrentes para a apresentação dos seus discursos perante o júri.

O júri, composto pela actriz Ana Magaia, pela docente universitária Paula Cruz e pelo Leitor do Camões na Universidade Pedagógica de Maputo, José António Marques, terá a responsabilidade de avaliar a capacidade argumentativa e retórica dos 10 finalistas e decidir quem será o vencedor da 21.ª edição do Prémio Eloquência Camões.

O Prémio Eloquência Camões é uma iniciativa conjunta do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, da Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes da Universidade Pedagógica de Maputo e do Centro de Língua Portuguesa – Camões, instalado na universidade. O evento conta ainda com o apoio da Plural Editores de Moçambique.

“Nós matamos o cão-tinhoso” de Luís Bernardo Honwana soma este ano 60 anos da sua existência. Para selar a efeméride, a Universidade Pedagógica de Maputo vai acolher hoje um simpósio para discutir a sua importância para a actualidade sociocultural dos moçambicanos.

O “Simpósio 60 anos de Nós matamos o cão-tinhoso” vai contar com intervenções do escritor Luís Bernardo Honwana, do reitor e do director da Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes da UP-Maputo, Jorge Ferrão e Paulino Fumo, respectivamente.

O evento inclui a participação de ensaístas que irão apresentar ao público o resultado das suas mais recentes pesquisas sobre a obra de Honwana. São os casos de Aurélio Cuna e Cremildo Bahule.

Durante o Simpósio 60 anos de Nós matamos o cão-tinhoso, será lançado O inventário da memória, organizado pelo ensaísta e jornalista José dos Remédios.

Trata-se de um livro que reúne ensaios de 18 autores distribuídos pelos seguintes países: Moçambique, Angola, Portugal, Brasil, Estados Unidos e Canadá.

O inventário da memória é um livro constituído por 18 ensaios, que perfazem 253 páginas. 

O Observatório de Políticas Culturais em ÁfricaOCPA, sob assistência da UNESCO, promove Workshop Regional Sobre a Revisão do Manual de Concepção e Avaliação de Políticas Culturais Nacionais em África. O evento decorre de 2 a 3 de Maio no Hotel Tivoli, na cidade de Maputo.

A iniciativa concebida para fornecer uma revisão abrangente das directrizes da concepção e avaliação de políticas culturais nacionais no continente africano; debater sobre as novas orientações e recomendações metodológicas; promover o intercâmbio de informações sobre políticas nacionais, experiências regionais e iniciativas tomadas pelos principais stakeholders acerca de novos desenvolvimentos existente na reflexão sobre o tema.

O programa vai explorar as políticas culturais como o pilar fundamental; e examinar como as instituições e outros actores sociais podem defender as políticas culturais, na sua dimensão de bem público com potencial para promover a transformação social e económica inclusiva e prosperidade em diferentes contextos.

Especialistas em Artes, Cultura, Património Cultural e sectores afins de países como Moçambique, Angola, Burkina Faso, Madagáscar, Marrocos, e Zimbabwe são os principais participantes do evento que, igualmente, contará com o envolvimento da Comissão Nacional Para UNESCO em Moçambique; da Federação Moçambicana das Indústrias Culturais e Criativas (FEMIC); do Instituto de Investigação Sócio-Cultural (ARPAC); e do Centro dos Estudos Africanos.  

Para próxima actividade do “Sábados das Crianças”, às 10h30 do dia 4 de Maio, no Auditório do Centro Cultural Franco-Moçambicano, na Cidade de Maputo, todos os pais e encarregados de educação estão convidados a prepararem suas crianças para uma manhã de cinema.

No Auditório do Centro Cultural Franco-Moçambicano será projectado o filme de animação “Os demónios do meu avô”, de Nuno Beato, como parte das celebrações do 21º Ciclo de Cinema Europeu.

No enredo, Rosa imersa em sua vida de trabalho, é abalada pela morte do avô, de quem se afastou gradualmente. Isto a leva a abandonar a cidade e revisitar sua infância ao lado dele. Ao chegar à propriedade rural, encontra terras abandonadas e a casa em ruínas. Impulsionada pelo remorso, busca reconstruir seu passado e encontrar um novo rumo. Porém, descobre que não está sozinha nessa jornada.

Com uma duração de 103 minutos e em língua portuguesa, “Os demónios do meu avô” é uma obra cinematográfica portuguesa que pode ser acompanhada por todas as faixas etárias.

“A ética no jornalismo na era da internet” é o título do debate que junta Mia Couto, Jeremias Langa, Rogério Sitoe e Maria Cremilde Massinge. Com a moderação de Tomás Vieira Mário, o debate vai realizar-se segunda-feira, às 17 horas, na Escola de Comunicação e Artes.

A sessão de debate insere-se no âmbito das celebrações do centenário de Fernando Leite Couto, o poeta, jornalista e mentor de várias gerações de moçambicanos. O evento faz parte de várias acções programadas pela Fundação Fernando Leite Couto em sua homenagem, com centralidade em três pilares que marcaram a sua actuação na vida pública, nomeadamente: Jornalismo, Literatura e  Mentoria.

O evento tem como objectivo partilhar com a comunidade estudantil, profissionais da comunicação social, investigadores e docentes, as diferentes facetas que caracterizaram o patrono da Fundação Fernando Leite Couto, desde os anos cinquenta, na imprensa escrita e radiofónica, colaborando em diversas jornais e instituições de comunicação social, nas cidades da Beira e Lourenço Marques (actual Maputo).

Fernando Leite Couto foi o jornalista enviado pelo jornal Notícias para cobrir a cerimónia dos Acordos de Lusaka, no dia 7 de Setembro de 1974, entre o Governo Português e a Frente de Libertação de Moçambique. Foi professor e director da Escola de Jornalismo em Maputo, que à data também formava jornalistas de outros países africanos de língua portuguesa, nomeadamente de Angola, São Tomé Príncipe, Guiné- Bissau e Cabo-verde.

O jornalista Tomás Vieira Mário fará a moderação do debate que será constituído por um painel de profissionais da comunicação da social nacional, nomeadamente, a docente universitária na ECA-UEM, Maria Cremilda Massingue, Rogério Sitoe, jornalista e Presidente do Conselho Superior de Comunicação Social, Jeremias Langa, Presidente do MISA-Moçambique e da África Austral, assim como o escritor Mia Couto.

Os oradores são profissionais de comunicação social que na sua maioria frequentaram a Escola de Jornalismo na época, sob direcção de Fernando Leite Couto, com experiência que atravessa diferentes fases do desenvolvimento tecnológico, na área da comunicação social, desde a era analógica à era digital.

O lançamento oficial dos Prémios Mozal Artes e Cultura vai acontecer na próxima terça-feira, às 16h30, na galeria da Kulungwana, na Estação Central dos Caminhos de Ferro de Moçambique, baixa da cidade de Maputo.

A Gala de premiação dos PMAC terá lugar em Novembro próximo, e mantêm as habituais categorias, nomeadamente: Artes Visuais, Cinema e Audiovisuais, Fotografia, Teatro, Dança, Música, Design de Moda e Vestuário.

Para a presente edição, o concurso pretende alargar o nível de alcance da divulgação e, consequentemente, solidificar a participação de artistas de todo o país, reforçando a divulgação do regulamento e a interacção directa com os potenciais candidatos aos Prémios nas diferentes áreas.

Os prémios enquadram-se na responsabilidade social da Mozal e nos propósitos da Associação Kulungwana, ao premiar o melhor jovem artista em cada uma das sete (7) categorias, anualmente.

Assim como na última edição, os concorrentes poderão ter acesso ao regulamento geral e os regulamentos específicos (por categoria) através das redes sociais e plataformas virtuais da Kulungwana, que regem a submissão de propostas e lançam os critérios para a avaliação das candidaturas.

A Kulungwana – Associação para o Desenvolvimento Cultural – e a Mozal, através de candidaturas anuais, acreditam que os prémios poderão contribuir para o mapeamento de novos artistas nacionais ainda desconhecidos e para reunir, ao longo do tempo, uma amostragem dos melhores trabalhos e talentos jovens moçambicanos, podendo através desta recolha abrir espaço a novas oportunidades para os nomeados e vencedores.

Desde a sua criação em 2018, os Prémios Mozal Artes e Cultura conseguiram criar um ambiente de grande expectativa no mundo das artes, o que impulsionou um novo dinamismo e estímulo à competição dentro de cada categoria, ambos factores promotores de crescimento cultural e de desenvolvimento da qualidade, competências e profissionalização nas áreas artísticas.

 

 

Os escritores Eduardo Quive e Mélio Tinga lançam, às 17h do dia 15 de Maio, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, as obras literárias “Mutiladas” e ” Névoa na sala”, respectivamente, sob a chancela da Catalogus.

Eduardo Quive distanciou-se do verso em “Mutiladas”. O primeiro livro de contos do escritor retrata histórias que vão por três caminhos: as mulheres, a vida e o exercício das memórias do autor, numa escrita breve, intensa e provocadora.

Na obra o destino das personagens reflecte uma sociedade de tragédias diárias, onde a violência e a indiferença se transformaram num manifesto de desumanidade.

O livro de Mélio Tinga leva o leitor a uma história de um homem que acaba acidentalmente nas trincheiras de uma guerra no Norte do país, um morto fá-lo regressar. O pai espera-o à porta. Os fantasmas da guerra perseguem-no, no seu íntimo. Passa, por isso, parte da sua vida num hospital especializado em traumas e depressão, onde se apaixona por uma mulher que procura curar a dor de tentar conceber, poeta talentosa que esconde um mistério debaixo da cama.

O lançamento a dois, segundo uma nota de imprensa, é uma decisão dos autores que interpretam o evento como um momento de partilha e afectos, onde o colectivo vem ao de cima no lugar do individualismo.

Numa subtil feminilidade, ambas as obras são um convite para duas ou mais viagens onde os leitores irão reflectir sobre o amor, a depressão e a humanidade.

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